Pai JÔjão E A Sua Amigona Das Tetas De Zona

Pai JÔjão E A Sua Amigona Das Tetas De Zona

Os entrevistados do terreiro de macumba de Pai JÔjão são atendidos pelo notório “pai de santo” nos dias úteis de madrugada em sessões de 2ª a 6 ª feira. As sessões de entrevistas transcorrem num clima de amizade colorida ufanista: os convidados não cansam de beijar a mão direita de Pai JÔjão. E Pai JÔjão costuma devolver a delicadeza beijando a mão esquerda dos entrevistados.

As sessões de baixar o santo PaiJÔjão são em clima de mistérios gozosos! Perguntas e respostas sempre adentram a estrutura narrativa de evento épico. Os fantasmas entrevistados pertencem ao indicativo presente, mas sempre narram suas façanhas fantasmas com abundantes referências a menções de partes de suas vidas com ênfase na prolixidade. Contam, recontam, dizem, redizem. Sempre dentro de um mundo maravilhoso de personagens reais e ao mesmo tempo ficcionais:

Os entrevistados, clientes do terreiro de quimbanda de Pai JÔjão são modelos de gente que conheceram a maravilha que é o diretor de teatro fulano de tal, o ator e compositor prodigioso, fenomenal, beltrano da Silva, o cantor, ao mesmo tempo padre ou político, sempre pessoa sensacional que é o espetacular sicrano que gravou um CD maravilhoso: "a capa do CD é do fotógrafo meu amigo da mais alta competência notável, incomum, prodigioso".

O Pai de santo global JÔjão conhece todo mundo: “Fulano, sei que esteve recentemente com o Papa Francisco. Beltrano, está sendo dirigido pelo sujeito mais incrível dos palcos dramáticos e eloquentes da recente temporada teatral. Sicrano, meu amigo, costumava jogar basquete com ele no Chicago Bulls, vi sua última performance, (sempre maravilhosa) contra o Boston Celtics quando estive nos EUA”.

JÔjão é um pai de santo prodigioso, “mui amigo” de tudo que é orixá baiano, pernambucano, carioca, paulistano... Conhece meio mundo no universo mitológico de sua prodigiosa memória de acontecimentos épicos sucedidos ou inventados na hora. Já entrevistou exus, xangôs, oguns, oxóssis, omulus, yansans, obás, iemanjás, nanãs, ibejis, oxalás. Pai JÔjão é amigo do peito de todos eles.

Quando “Mãe Dilmá” a orixá impeachada do Palácio do Foro no Planalto estava em baixa, ele depressa prestou sua homenagem à orixá, Rainha das Pedaladas, trazendo-a pela mão até seu terreiro de entrevistados. Tentou levantar a bola da mãe de santo bolivariana mas, não teve jeitinho que desse jeito.

“Mãe Dilmá”, notável por suas imensas tetas, costumava jogá-las para trás, sobre os ombros. Enquanto seus caidaços úberes desciam as omoplatas na parte posterior do corpo, “Mãe Dilmá” distraía os pequenos mamadores profissionais, ébrios de óbolos da Grande Vaca Apátrida do Planalto, enquanto seu exército de políticos, ministros, empreiteiros e juízes cooptados pela corrupção gramscista institucional, devastavam o patrimônio público das empresas nacionais: Petrobrás, BNDES, CEF, BB, Itaipu Binacional, Correios... Propinodutos e fraudes sem fim em benefício próprio e de seus candidatos de partido bolivariano. Vão devolver a grana? Vão ser presos? Ou ficar impunes? Por isso mesmo?

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 15/05/2016
Reeditado em 15/05/2016
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