JUSTIFICATIVA DO CRIME

A modernidade tenta justificar ações anti-sociais com ideologias ultrapassadas, todos tentam demonstrar de forma contundente que a repressão à pobreza a fome os problemas familiares são causas de desvios comportamentais.

Que os comportamentos criminosos são variáveis, que eles não têm ligação afetiva. E que o comportamento desviante esta ligado ao bullying, problemas raciais conotações quanto ao gênero sexual.

Enfim para cada situação uma desculpa, que serve para aliviar a culpa do infrator, e esses pensadores protecionistas às vezes não leva em conta que todos temos liberdade para escolhermos nossa forma de proceder à frente do corpo social.

Culpamos a educação a manipulação social os transtornos comportamentais a psicopatia, mas tudo isso e válvula de escape no sistema moderno de fuga da realidade, e isenção de responsabilidade.

Mas na realidade quem comete erro busca justificativa medica e social, para se isentarem de suas atitudes errôneas, criando concepções de que o vicio em grande maioria e uma doença caracterizada por um ímpeto irresistível.

Que um doente social não tem culpa de sua conduta delituosa transferindo sua responsabilidade como fuga de seu desvio comportamental, usando frases como (perdi a cabeça, entrei na onda, cai em tentação, deixei me levar, foi coisa de momento, entre outras) se colocando como vitimas e não como autores dos próprios atos.

E quando voltam a reincidir em atos ilícitos culpam o sistema, pois dizem sair pior do que entrou, mas quando estão perante as autoridades tem um comportamento totalmente típico de cidadão comum.

Agem como vitimas e não como algozes, se intimidando com a simples presença da policia, que e descrita como truculenta, ao passo que a força publica visa coibir suas vicissitudes.

Mas quando tem uma situação favorável liberam seus instintos anti-sociais, usam armas, usam a noite, escolhem uma mulher, matagais, locais sem vigilância, ou seja, procuram apenas situações favoráveis a pratica de seus atos delitivos, agindo na surdina e sorrateiramente.

E quando a sociedade tenta reintegrá-los oferecendo cursos profissionalizantes, cursos técnicos, uma chance de estudar, o velho refrão se repete em couro, quando colocar a cabeça no lugar, as idéias em ordem, me reintegrar a família, ter minha esposa de volta.

Eles tentam protelar suas decisões, buscam evadir de conversas serias, e quando estão diante das autoridades e da mídia culpam a pobreza, a fome a violência e uma infinidade de argumentos que tendem a convencer aqueles que os cercam.

Zombando de todo o sistema, sempre com os mesmos argumentos, e todos entram na onda, se esquecendo de que a grande maioria da sociedade passou pelos mesmos problemas, sendo assim todos são vitimas de um estado que existe para corromper seus cidadãos.

Ou então culpa a policia, uma policia que forja, que cria situações acusatórias sobre vitimas inocentes, o policial tem desvio de comportamento, sem instrução, fruto de uma família desestruturada, de um estado corrompido.

As desculpas são infindáveis, ninguém assume nada, sempre se tem uma desculpa para tudo, os prisioneiros sempre se apresentam como vitimas, tudo e muito repetitivo e que acabam convencendo a todos.

Já tivemos vários bandidos que viraram heróis, ídolos, mártires, fizeram filmes livros, quadrinhos, tudo criado por uma mídia protecionista, a negação da culpa ética, jurídica moral cria um circulo vicioso do crime.

E o estado cria mecanismos de reintegração, que geram vários empregos e funções, são educadores sociais, psicólogos, psiquiatra, assistentes sociais defensoria publica e uma infinidade de organizações estatais, sociais, ONGs.

Ou seja, o dinheiro que deveria ser investido em bem comum passa a ser gasto com indivíduos sem compromisso, sendo tudo imposto, não há discussão de como se investir o dinheiro publico.

Que legitimam comportamentos desviantes, que todos nascem bons e são corrompidos durante sua evolução como ser humano, e depois se transformam em sociopatas.

Mas a conduta humana e flutuante, vivemos em um processo de variáveis constantes, todos tentam provar cientificamente o porquê de tais condutas, sempre buscamos onde ouve a falha.

Mas ninguém busca uma forma de demonstrar o mérito de quem se esforça, trabalha, passa por dificuldades, o herói coletivo deveria ser o cidadão de bem, o exemplo a ser seguido.

Ser herói e simplesmente fazer o que e necessário, os valores estão invertidos, o cidadão que cumpre com suas obrigações deixa de ser o senso comum e passa a ser a anomalia sistêmica.

Devemos mudar nossos conceitos e rever nossos valores, e só assim iremos à busca de uma sociedade ética, justa e com condições de continuar a evolução da nossa espécie.

Paulo César de Castro Gomes.

Graduado em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós-graduado em docência universitária pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós graduando em Criminologia e Segurança Publica pela Universidade Federal de Goiás. (email. paulo44g@hotmail.com)

paulocastro
Enviado por paulocastro em 31/03/2016
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