O santo sacana

O santo sacana

Santo, no Brasil, é imagem de escultura, e não “separado”, como define o dicionário.

Então, as pessoas, cujas figuras elas representam, pode não ter sido lá essas coca cola toda.

No Brasil, também, há homens que, por terem favorecidos a um punhado de pessoas, usando para isso um expediente fraudulento, são tidos como “o bem amado”. É o caso do ex presidente que hoje está sob os holofotes da mídia, devido as suspeitas de maus feitos que pesam sobre ele. O instituto que leva o seu nome sempre emite notas nas quais abona as afirmações dele, de que o mesmo nunca cometeu nenhum ato ilícito, apesar das fortes evidências em contrário.

Surpreende-me o fato de que todos os seus liderados, bem como chefes do partido do qual ele foi um dos fundadores, terem sido envolvidos em escândalos de corrupção, e ele, como chefe ou superior deles ser o único “santo”.

Ora, é como se Alibabá não fosse ladrão, apesar de ser o chefe de quarenta ladrões.

Dá a impressão de que o povo que defende o tal ex presidente prefere não ver o que é fato ou que é também participante dos seus maus feitos, ou lhe defende pelo fato de ter sido recebido benesses, como empregos e bolsa família.

Quem defende bandido, mesmo que seja advogado, também é bandido.

Assim, quem o defende, certamente que deve ser tal qual o “santo sacana”.

Belém, O6/03/2016.

Oli Prestes