“POR QUE PRECISAMOS DE PROBLEMAS PARA JUSTIFICARMOS OS NOSSOS ERROS?"

Era uma vez um empresário rico e poderoso e que enfrentava uma grande batalha junto ao filho caçula, viciado em drogas. A família já não mais sabendo o que fazer, resolveu internar o mesmo em uma conceituada clinica de recuperação para dependentes químicos. O rapaz de imediato aceitou e ficou internado por cinco meses. As mudanças físicas e psíquicas eram as melhores possíveis. Os pais (na verdade, o pai), vendo a “milagrosa transformação” do filho, chamou o médico e disse: Doutor, eu tenho certeza de que meu filho já se encontra pronto para retornar ao convívio social. No que o médico respondeu: Não, meu senhor. Ele ainda não está. Seu filho ainda passa por um ardo processo de recuperação e tira-lo agora poderá prejudica-lo ainda mais em seu tratamento. O pai contrariando a vontade médica se responsabilizou e o tirou mesmo assim. Nos dois primeiros meses, o “menino” parecia outra pessoa. Dormia cedo, evitava amizades que o levassem novamente as drogas e etc. Praticamente outro ser humano já que antes parecia um bicho. O pai no primeiro mês até gostou do que viu, mas depois algo parecia o incomodar com esta nova postura do filho. Este pai, embora fosse um bom marido e até mesmo um bom pai, na verdade vivia uma vida dupla. Tinha uma amante e quase toda a sua riqueza fora construída em meio a corrupções e desvios de dinheiro público. A grande desculpa que ele se dava a si mesmo por ter esta dupla personalidade era o vício do filho. Era através deste drama familiar que ele justificava seus atos. Voltando ao dilema do filho, o mesmo durou limpo das drogas apenas os dois primeiros meses e novamente voltou ao vicio (ainda pior), confirmando assim o prognóstico médico. Moral da historia: Existem pessoas que “precisam” de problemas para justificarem e até mesmo não largarem o problema central de suas vidas, que no caso, são elas mesmas. Este é um dos grandes motivos pelas quais muitos alcoólatras, viciados em drogas, viciados em pornografia, pessoas rancorosas, invejosas, orgulhosas, maldosas, e outros, justificam seus atos, esquecendo-se assim que talvez o grande imbróglio (problema) da vida delas sejam elas e não os outros. Infelizmente isto está enraizado no ser humano e que nas sábias palavras do filósofo existencialista Jean-Paul Sartre, pode ser confirmado: “O inferno são os outros, já preconizava o filósofo". Finalizando: Que tal assumirmos nossos erros sem precisarmos nos escorar em nada e ninguém? Na grande maioria das vezes, isso só faz bem....

Que Deus nos ajude a tiramos a máscara da hipocrisia...

Danilo D
Enviado por Danilo D em 22/01/2016
Reeditado em 22/01/2016
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