NÓS

Destacou uma ação boa do governo federal, é socialista, petralha. Elogiou alguma medida do governo estadual, é tucano elitista. Bateu o pé ouvindo um sertanejo, tem mau gosto, sem cultura.

Defendeu a legalização das drogas, é maconheiro vagabundo. A pessoa defendeu o porte de armas, é sem noção, violenta. Defendeu o contrário, é bunda mole, “leva o bandido pra casa então”.

O rótulo nas pessoas é algo infrutífero. A discussão começa comprometida, pois já temos o “raio x” do nosso interlocutor. Claro, óbvio, há os mais extremistas, que defendem posições sólidas como uma rocha. Mas nem todos são assim. Acredito que a maioria não é.

Discutir é necessário para evoluir. Em tudo. Com todos. Sempre segurando a emoção, segurando a ânsia para falar. Temos essa mania de nem ouvir o outro direito. Respeitar a opinião alheia, mesmo ela sendo completamente diferente da sua. É tarefa árdua. Eu sei.

Agora, se deixar o rótulo falar mais alto antes mesmo do jogo começar, nem comece.

Victor Godoi de Almeida
Enviado por Victor Godoi de Almeida em 16/01/2016
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