Um monólogo

A dúvida está desfeita: a montagem de um perfil não está condicionada a experiências anteriores; o livre arbítrio molda homens.

Verdadeiras deformações, psicopatas e aberrações humanas não tiveram informações didáticas, na cunhagem dessas bestas.

Testes vocacionais levariam homens a urdir genocídios? Experiências doentias forjariam homens matando filhos, e filhos matando

homens?

Os corruptos formam séquitos de uma orientação venal? Seriam eles asseclas do ditame da cobiça? Quem seriam aqueles que optaram,

por uma cadeira em tais “patíbulos” acadêmicos?

Tropas de bestas frequentaram a mesma classe? Todos os que nasceram e cresceram menos afortunados serão multiplicadores da fome

e da violência?

Indústrias de bestas, currículos insanos, quem molda a conduta do homem? O homem pronto é fruto de suas manobras educacionais?

Devemos temer por essa possibilidade; estaríamos vivendo em um centro universitário, cuja montagem, em série, esboça monstros.

Manobras escusas resultam vantagens imediatas, o deslize oferece lucros mais interessantes que o fruto do trabalho; as transgressões

são mais atraentes que o labor; as ofertas são tendenciosas, e as opções previsíveis. Seria ilógico condenar um homem pela sua escolha,

mas o livre arbítrio o leva a produzir resultados condenáveis.

Sereias cantam para marujos crédulos, a experiência é insidiosa, mas não escreve livros, a marca registrada do homem é deformada pela

etiqueta, que a cobiça, a fome, os instintos, e, talvez, até a inveja, pregam em seu colarinho.

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 05/01/2016
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