Palavras por palavras...

Contaram-me assim e transcrevo como entendi e acredito nesta verdade, repasso: Deveras é verdade e como devemos valorizar o poder das palavras, especialmente no convívio familiar. Muitos filhos quando são mal tratados pelos genitores ou responsáveis pela sua criação, não tem a capacidade de perdoar às agressões a alma, através de palavras não comedidas, e mesmo pancadas na matéria, que muitas até doem menos que as em palavras e passam a viver de revolta, podendo com isso, na vivencia de situações negativas e não atrair futuro promissor, por guardar no intimo rancores e desesperanças, tornando-se pessoas revoltadas pelo resto da vida. Há os que inteligentemente, mesmo sofrendo estas agressões, imediatamente as perdoam, especialmente as que conhecem as palavras de Jesus “eles não sabem o que fazem”, quando acoitado e pregado na cruz.

A pessoa com esta inteligência, pensa, os meus agressores, (pais, responsáveis), não assimilaram a Verdade, eles estão nervosos pelo excesso de trabalho, mesmo para conseguir alimentos, muitos filhos, faltam-lhes mais estudos talvez não conheçam direito a Deus, afirmações estas com poder de salvar-lhes um futuro brilhante.

Então é por isso que passo aos leitores, assunto correlato, cujo autor não tem e que fora me passado, pela funcionária Carlem como segue:

As árvores das Ilhas Salomão

“Recentemente, fiz uma viagem a Honiara, capital das Ilhas Salomão, localizadas no centro-oeste da Oceania, no Oceano Pacifico”. Por conta da fama nos cinemas, Honiara tornou-se ponto turístico. Da capital, cheguei a Buala, civilização com certo pé no primitivismo. Descobri que o povo das Ilhas Salomão tem, de certa forma, pelas árvores, o que os indianos têm pelas vacas. Um espécime de santidade. Com a diferença de que eles não idolatram as árvores como os indianos fazem com as vacas na Índia. Acontece que o sustento das cidades e mesmo da capital Honiara vem, principalmente, da plantação de palmito. O mais intrigante é que para abrirem espaço no meio da floresta para a plantação de novos palmitais, é necessário que se derrubem velhas árvores que, no entanto, são árvores sadias. Cortá-las seria uma maldade, a menos que elas morressem sozinhas. Portanto, arrancá-las seria necessário para que se evitem acidentes.

O que os nativos das Ilhas Salomão fazem é se reunirem durante trinta e três dias seguidos, pela manhã, ao meio dia e ao entardecer, em torno da árvore que se objetiva retirá-la, e três vezes ao dia, reunidos, gritam. Sim, gritam! São xingamentos, desmerecimentos, agressões verbais. Seguidos os trinta e três dias, a árvore seca e morre. Morre “sozinha” e então é só arrancá-la. Segundo os nativos, os gritos de desmerecimento mata o espirito da árvore, o que eles chamam de Leshy – animal da mitologia eslava, que protege animais e moradores das florestas.

Vou levar essa história por toda minha vida, não apenas em minha profissão e com meus filhos, pois ela serve para todas as áreas de minha vida, principalmente no relacionamento com outras pessoas. Assim como as árvores das Ilhas Salomão, as palavras têm o poder de destruir as pessoas. Importar-se com alguém é essencial, tem o poder de curar feridas – bálsamo para a dor quando a gente se sente querido. Um abraço, um beijo, dizer “eu te amo”. Tem medo? “Estou aqui”. Se cair ou falhar, eu estou ao seu lado. Dar segurança, carinho. Importar-se é isso, não é? Mas nas Ilhas Salomão, quando os nativos querem parte da floresta para a agricultura, eles não cortam as árvores. Eles simplesmente se juntam ao redor delas, gritam xingamentos e dizem coisas ruins. Em alguns dias, a árvore seca e morre. Não precisam de machados. Ela morre sozinha. “Com paus e pedras podemos partir ossos, mas com palavras matamos almas”. “Eu aprendi, inclusive, a tapar meus ouvidos quando alguém quer me tirar do caminho.”

Frutal/MG, aos 06 de dezembro de 2015.

José Pedroso

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 06/12/2015
Reeditado em 06/12/2015
Código do texto: T5471851
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