Os AviÕeS. Ou, NãO!
O que diria um louco por carros a respeito dos aviões? Em princípio, ele pode falar qualquer coisa que lhe vier à mente. Sem embargo, sendo fanático por automóveis ele deveria maldizer os aviões. Ou, não!
Na vida, podemos, enquanto amantes do viver, mas do que nunca, sermos ousados e determinados naquilo que almejamos. Porém, meu querer não pode suplantar o desejo do outro, porque estamos seguindo um mesmo curso, não artificial, antes próprio e característico de um e de outros tantos indivíduos.
Pensar negativamente uma realidade somente pelo fato de eu não ter o apreço por ela, pode fazer com que minha aversão seja mais forte que aquela inicialmente projetada. O limite máximo desta experiência terá como cume uma experiência frustrada, sem êxito, calcada por sua indolência.
Não é porque uma pessoa gosta prazerosamente de carros que vá desprezar o avião. O carro precisou do avião para ser montado, para trazer um bom projetista, ou mesmo, deslocar seu aquisitor.
Nós necessitamos dos outros para sermos moldados, construídos humanamente. Por carecer _quase que de forma essencial_ da ajuda dos outros não nos remete ao desprezo de nós mesmo, provavelmente buscamos espelharmos em outrem para ficar claro quem literalmente somos. Somos quem somos sem desprezarmos o ser do outro. Deste modo, os aviões continuam sendo eles mesmos independente de alguém gostar, preferencialmente, de veículos.
Pe. Joacir d'Abadia, Especialista em Ensino Universitário e autor de vários livros