TECNOLOGIA IMUNDA, FEIA, BREGA.
TECNOLOGIA IMUNDA, FEIA, BREGA.
j.Torquato
Olhando o modo e a moda do princípio do século passado (XX) até meados dos anos 1970, notamos estarrecidos que, quando mais avançamos tecnologicamente, mas mal nos vestimos. Pior que isso é a cultura, o modo de falar, de se comunicar, de escrever. A Cultura fica baixa e vulgar, a arte um desastre, a Criatividade espera em ponto morto que a humanidade recobre a sanidade e deixe a breguice passar.
Olho as fotos de meus antepassados a passear nas calçadas da Rua do Comércio, estão elegantes em suas vestes claras, com chapéu, com correntes atravessando o peito em direção a algibeira, com as abotoaduras discretas e elegantes, cigarros na piteira de ouro, as moças com sobrinhas contra o sol, elegantes em suas saias rodadas, salto alto numa pose de rainha. as bengalas com ponteiras douradas pontuavam entre o pegadores de gravatas, os lenços perfumados desdobravam à Senhorinha a assoar uma lágrima de emoção.
Poesias são versadas em Saraus, com um português rebuscado, buscando importância pela fonética e péla rima. Músicas ao piano remetia Mozard, mesmo as valsas consideradas mundanas eram belas e românticas.
Livros jazia no colo das moiçolas românticas em sonhos acalantando cavaleiros audazes e lenços perfumados na ponta de uma espada do cima de sua montaria, pela janela do sobrado, uma sombra espreitava o amor juvenil tão cantado em prosa e versos, e a cada remetida de audaciosa sensualidade, mais o escritor se fazia famoso.
Nas praças e rios, praias e mares matutinos canoas e senhoritas de branco junto aos familiares e cavalheiros e ternos brancos e chapéus de palhinha da mesma cor, passeavam sobre as tranquilas águas citadinas. (HOJE SÃO ESGOTOS A CÉU ABERTO).
Ainda nos parques, praças e vias públicas de lazer vespertino, casais enamorados se abraçavam sob o olhar vigilante da tia no outro banco mais ao largo, o pipoqueiro faz tudo, traz as rosas e o recado do marmanjo que não pode vir, o roleteiro transava roletes de cana caiana, e o quebraqueixeiro vendia delícias de coco e açúcar. papeis soltos ao vento eram testemunhas de amores iniciais e futuros casamentos vitalícios. A humanidade tranquila não esperava mais invenções, havia cumplicidade, amor, família, elegância, bom gosto. O Sorvete que se pedia aquí não era o mesmo de acolá. E a praça de taxi esperava o último mancebo ir para casa.
As frutas eram colhidas no pé nos quintais que fartavam rosas e dailas, cajueiro, mamoreiro, mangueiras pomares com floricultura, ervas medicinais, tudo particular nos quintais da vida na metade anterior do século XX. Verdade o mundo guerreava, ainda com elegância, vai se perdendo a ingenuidade, o cavalheirismo, o romantismo, o bom gosto em se vestir, andar, falar, cantar, poetar. de picinez não andamos mais nem a ler e muito menos a falar, e o cachimbo jaz junto ao chapéu e ao relógio de algibeira, junto ao Isqueiro de prata, ponteira de ouro, sapatos de verniz, cambraia de linho de Belfast. ADEUS.
ESTOU JUNTO AO RIACHO SALGADINHO EM MACEIÓ, JAZ AQUÍ LEMBRANÇAS JUNTO AO MAL CHEIRO E AOS DROGADOS QUE SE JUNTAM AOS DESABRIGADOS PEDINTES EM IGUAIS CONDIÇÕES MENTAIS, MATERIAIS, INUMANAS. CHEIRAM TÃO MAL QUANTO O MAIOR ESGOTO DE MACEIÓ.
NAS PRAÇAS CERCAS DE METAL NÃO IMPEDEM QUE OS DROGADOS CURTAM SUAS PICADAS E CHEIROS NAUZEBUNDOS, NOS BANCOS ORA QUEBRADOS, NEM SOMBRA DE NAMORADOS, OS PIPOQUEIROS DE HOJE PIPOCARAM PARA AS DROGAS E TENTAR VENCER OS PAIS, VANDENDO DROGAS AOS FILHOS MENORES E INOCENTES QUE POVOAM O CENTRO PERTO DE QUALQUER ESCOLA.
A PRAÇA NÃO É MAIS DO POVO, NEM O CÉU DOS CONDORES
O POVO APODRECEU E OS CONDORES FORAM ASSASSINADOS.
DIANTE DE TAMANHA FALTA DE ELEGÂNCIA ATÉ EM PASSAR A VIDA NESTE PLANETA, DIANTE DA FALTA DE POSTURA DA HUMANIDADE, QUE CHEIRA MAL, SE VESTE MAL, SÃO FEIOS E RIDÍCULOS EM SUAS PRETENSÕES DE SER MAIS QUE DEUS. CADA DIA SE PARECE MAIS COM O INTERIOR DELES MESMOS OU SEJA: BOSTA