“O Sonho Da Razão Produz Monstros”: Os Ogros Do Foro De São Paulo, Por Exemplo
“O Sonho Da Razão Produz Monstros”: Os Ogros Do Foro De São Paulo, Por Exemplo
Em 1799 o pintor Goya criou uma série de gravuras (Caprichos). Uma se destacou das demais “O Sonho Da Razão Produz Monstros”. Nela, Goya está a dormir, o rosto sobre a mesa, tronco contorcido numa postura incômoda, como se vencido pelo cansaço e o sono. Logo atrás dele, morcegos, corujas e pássaros soturnos sobrevoam em seu derredor. Um lince de olhos grandes, surpreso e atento, olha para ele, talvez prevendo a possibilidade de um ataque.
A imagem do genial pintor espanhol traduz ideais iluministas, imagens de guerra e do corpo. Talvez um alerta: mesmo no sono estamos sujeitos ao ataque de forças sinistras que estão sempre em nosso derredor. Fazem parte da realidade, do sono, dos sonhos e do pesadelo. Poder-se-ia talvez chamar de “A Crise Da Razão Produz Monstros”.
Logo depois da gravura de Goya, no século XVIII, surgiu o Socialismo Científico, criação de Marx e Engels: tinha a pretensão de formular doutrina sobre a evolução política do capetalismo, projeto supostamente científico de superar, teoricamente, as contradições e dificuldades sociais criadas pela Revolução Industrial. Sua suposta base científica se revelou uma fraude teórica. Uma farsa utópica, desde que todos os países que tentaram implantá-lo, criaram formas degeneradas de matança em massa e exclusão social perversa dominada por uma elite de privilegiados chamada Nomenklatura.
A posição incômoda e frágil do pintor na gravura (“A Crise Da Razão Produz Monstros”) em busca de uma explicação racional para a manifestação artística, podemos comparar à tentativa frustrada de Marx e Engels de encontrar uma solução para os impasses do capetalismo selvagem representado, desde seu primeiro momento, pelas condições de produção de mercadorias dos trabalhadores na Revolução Industrial.
A quantidade exorbitante de monstruosidades políticas, econômicas e sociais geradas pelo sonho (pesadelo) de Marx e Engels, é uma evidência incontestável de como a Arte produz visões de antecipação da realidade social futura. O pintor, ao tentar elucidar a condição humana através da Arte de pintar, em seus devaneios atraiu para si imagens fantasiosas, hórridas e medonhas que o ameaçavam oniricamente.
Marx e Engels, ao tentarem (a teoria na prática é outra coisa) criar uma solução para contestar as incongruências do sistema capetalista, criaram, na realidade, uma alternativa abominável de regime político, econômico e social medonho, hediondo, de uma perversidade paleolítica, pior e mais desumano do que o capetalismo selvagem.
Goya, posteriormente criaria obras pictóricas denominadas “A Verdade Revelada Com O Tempo E Testemunhada Pela História” (1797) e “Alegoria Sobre Adoção Da Constituição” (1812). A visão do pintor explicitava sempre a verdade em luta contra seu oposto: a luminosidade buscando clarear e orientar o caminho: a representação da razão contra a utopia das trevas, que em breve seria representada pelo socialismo científico e/ou utópico que serve de orientação desastrada para a política do Foro de São Paulo representada pelo ex-presidente Analfabeto associada ao fanatismo degradante e utópico de sua alma gêmea (penada). A presidente “Dilma Mala Sem Alça”.