Os maiores legados da Copa (parte 3)
Cursos gratuitos de capacitação para taxistas; aos setores ligados à alimentação e gastronomia, e bem como à outras profissões e atividades relacionadas ao turismo foram oferecidos pelo Sistema ‘S’. Jovens ofereceram-se como voluntários, foram cadastrados e capacitados para fazer o receptivo das delegações, turistas e torcedores.
O Brasil não se prepara simplesmente para a Copa 2014, mas para as Olimpíadas, e mais algum outro grande evento que venha acontecer, como a vinda do Papa, que já esteve no Brasil em 2013 e pode voltar, tendo em vista ter encontrado aqui uma Igreja jovem, com condições de fortalecer o catolicismo.
O país sempre foi um ponto estratégico: uma escala do caminho marítimo para as índias no ano de 1500; na 2ª Guerra como Trampolim da Vitória; no caminho do hemisfério Norte para a ocupação do território Antártico; e agora no caminho do futuro, para o espaço sideral. Segundo informações no blog da secretaria de comunicação de Natal/RN, a cidade é um dos quatro pontos geográficos mais estratégicos do mundo, pela visão do departamento de guerra americano.
O Brasil prepara-se para receber aqueles que desembarcarão, mas não embarcarão de volta aos seus países, cidades e continentes, fixarão residência aqui, com novas ideias e novos conhecimentos.
Mestres, doutores e causídicos, com seus títulos acadêmicos respaldados por instituições, falam de estatísticas e percentuais esperados na balança comercial como saldos positivos para 2014. Discursam a acessibilidade automobilística como um grande legado da Copa, dando a entender que todos possuem carros e precisam se deslocar com mais facilidade. Esquecendo o direito primitivo que usa a cronologia tecnológica, a cronologia das invenções, dando preferências e prioridades nos deslocamentos.
Ao cruzar vias e destinos, tipos diferentes de transportes, devem ser criadas regras para uns e para outros, respeitando-se entre si, por suas prioridades, necessidades e velocidades. Valores comerciais e econômicos, valores de cargas e de passageiros, valores simbólicos, valores incalculáveis como a vida de cada um.
Ruas e corredores, avenidas e calçadas, vias exclusivas e inclusivas, espaços disponíveis para circulação por diferentes trações, queimando açúcar em processos mitocondriais ou combustíveis fósseis em motores à explosão.
Espaços baseados no desenho universal designam caminhos e vias a pedestres, bicicletas, trens, veículos automotores, e até aviões. O ato de caminhar do homem é o deslocamento primitivo que antecede ao uso do cavalo e da charrete. A tecnologia primeira criou a maquina a vapor que foi largamente utilizada em ferrovias. Depois criou o motor à combustão, ainda utilizado nas rodovias, o carro elétrico ainda não é amplamente utilizado nas vias públicas.
Alguns patrulhamentos e pequenos deslocamentos com carros elétricos já são feitos em parques, shoppings e aeroportos, circulando em meio a transeuntes, com espaços e velocidades limitadas, respeitando aquele que caminha a pé e tem prioridade dentro daquele espaço.
Historicamente cada tipo de deslocamento motorizado tem a sua prioridade perante uns e respeito a outros. Um avião tem um valor econômico e comercial muito maior que um automóvel, e para isto aeroportos localizados em grandes centros urbanos possuem viadutos onde transitam aeronaves taxiando, dando passagem aos veículos por baixo da pista. Ferrovias tendem a trafegar sobre viadutos ao cruzar as vias urbanas, principalmente as ferrovias de carga que possuem grandes comboios com velocidade reduzida e enorme quantidade de vagões.
Em vias urbanas devem ser construídas passarelas e passagens subterrâneas para pedestres, e na impossibilidade destas alternativas, deve haver semáforos e faixas para travessias de pedestres, para ser respeitadas pelos veículos, onde o condutor antes de dirigir é um pedestre como todos os outros. E muitas vezes transitam ocupando um veículo em uso individual, diante de dezenas de pedestres atravessando uma avenida.
Calçadas são disputadas por carros e pedestres. As calçadas ou passeio por lei devem possuir espaço suficiente para pedestres e cadeirantes, e nos seus limites com a via destinada e apropriada a veículos automotores, uma faixa guia, para deficientes visuais. As faixas amarelas com relevos, não simplesmente para deficientes visuais, são de cor amarela e continua, para alertar e lembrar aos motoristas que uma faixa contínua ao longo da via indica que não é permitido estacionar, como também não é permitido estacionar sobre a faixa, permitindo a qualquer pedestre a travessia da pista em qualquer ponto da guia.
A acessibilidade é um direito de todos e deve ser instituída, praticada e construída antes da mobilidade urbana, projetando e construindo a cidadania, nos espaços públicos.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 05/01/2014 Texto escrito para: Jornal de Hoje – Natal/RN Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento
Key Words: management; quality; knowledge