Qualidade e Gestão na Copa (P2)
O conceito de gestão da qualidade foi importado, já chegou e desembarcou antes da Copa, sem problemas aduaneiros. Trouxe na bagagem o bê-á-bá dos conhecimentos para serem implantados e inculcados em escolas e faculdades. Com seu planejamento estratégico na bagagem de mão, vem mudando e criando, visões e missões, objetivando a qualidade total. Olhares múltiplos: multidisciplinares e multifacetados, multiexpertises; com ações consideradas como atos planejados e controlados, chamados de científicos, buscando resultados previsíveis para tempos imprevisíveis.
Conceitos quantitativos e qualitativos com horizontes diferentes no texto e no contexto, do escritor e do leitor (um “Horizontvershmelzung”), conceitos para serem aplicados em produtos e serviços, sob o ponto de vista empresarial, saltou da indústria para comércio migrando para o setor de serviços. Importação de conceitos científicos requer mudanças e adaptações de conceitos culturais e históricos.
Aqui se plantando tudo dá, disse Vaz de Caminha quando criou o primeiro documento brasileiro, ainda fundeado em águas territoriais. O setor agrícola passa e repassa a ser visto como um serviço onde a qualidade é mais importante que a quantidade. Produtos agrícolas devem cumprir padrões de qualidade para obter um maior valor de mercado. Um padrão de escolher sementes, plantar em covas regulares, com acompanhamento da germinação e crescimento. Colher de modo uniforme no tempo certo de maturação, e selecionar os melhores frutos para serem exportados. Os riscos e as perdas por intempéries correm por conta do agricultor. E os recursos hídricos (RH) ficam na conta do estado, das prefeituras e regiões carentes de água.
As produções agrícolas para uso industrial tendem a ter um valor menor, onde o fruto não é visto pelo consumidor final, somente os produtos derivados, acondicionados em embalagens, substituindo as cascas.
As frutas denominadas como de mesa, agregam valor com aspecto visual e sabor: come-se primeiro com os olhos para depois, mastigar, saborear e deglutir, dando início ao processo digestivo, uma gestão de consumo, a ingestão de alimentos. Uma sequencia organoléptica de visão, textura, aroma e sabor, para ser ditada por uns, ouvida e seguida por outros. Quem está de fora enxerga melhor falhas e defeitos de um sistema sequencial; enxerga diferente daquele que está imerso no processo.
O sistema ‘S’ tem como regra geral em seus novos cursos a qualidade, os mesmos sistemas que procuraram capacitar àqueles que estarão fora dos estádios, mas envolvidos direta e indiretamente com a Copa, prestando serviços, fornecendo frutos e serviços regionais, artigos e produtos artesanais, à turistas e torcedores.
Visões e missões, táticas e estratégias, conceitos e definições que são elementos heurísticos com aplicações e interpretações holísticas, influenciadas pelo meio, pelo ambiente e pelo momento. A visão do todo, do conjunto em busca de uma nova opção, com novas alternativas e novas direções. As definições formatadas já existem, é necessário agora saber usá-las e aproveita-las. Ano da Copa, ano de investimentos e
melhoramentos. Ano de gestão e de qualidade, que devem ficar como legado e aprendizado.
O anuncio da Copa no Brasil já foi um start para grandes mudanças sociais e comportamentais. Antes como país subdesenvolvido e em desenvolvimento, no período pós-guerra, quando as informações chegavam pelo rádio era preciso correr atrás do tempo. Agora como país tecnológico quando as notícias chegam rapidamente via internet, somos atropelados pelo tempo.
Enquanto cursos e recursos são criados, chegando a formar as primeiras turmas, novos conhecimentos e novas profissões a exemplo de Coach, Concierges, Yeld Managements, e Leans, continuam desembarcando sem restrições de migração, justificadas por estratégias inovadoras e renovadoras de recursos humanos ou simplesmente uma evolução do RH.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 16/02/2014 Texto escrito para: Jornal de Hoje. Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento
Key Words: management; quality; knowledge
Roberto Cardoso (Maracajá)