Motim na Roberto Freire (Parte 2)
(O arquétipo da caverna)
Administradores de empresas privadas recaem sempre nos mesmos problemas, nos mesmos vícios, nos mesmos erros e nas mesmas acomodações dos administradores de empresas públicas. Todos querem administrar confortavelmente de um escritório com mordomias, cafezinho e secretaria para dizer que o chefe esta em reunião. Lugares de onde saem e chegam automobilizados, tendo vagas cativas, privativas e reservadas, um status do poder.
É o arquétipo da caverna, na caverna é mais seguro, do bureau é possível ouvir os gritos das feras no pátio, e atravessar o pátio é um risco, em ultima instancia sendo necessário atravessa-lo é melhor atravessar com a cara fechada e jeito de pouca conversa, como se estivesse muito ocupado pensando, ou apressado para uma reunião. E ameaçar rosnando ou se esquivando a qualquer ameaça interrogativa sobre os atos praticados e não praticados.
Em instituição de ensino vale o dito popular “casa de ferreiro e espeto de pau”, ensinam e não usam, não praticam. Não enxergam seu empreendimento como uma empresa, e não pesquisam, e não se consulta o que é comumente ensinado em sala de aula e chamado chão de fabrica, podendo-se aqui chamar de pátio de escola, a direção não vai ao pátio ouvir os problemas, lá as feras estão soltas prontas para atacar, argumentar.
No ano de 2012 foi encaminhado á direção geral do comando holandês, com cópia à direção local, e cópia informativa do ato à coordenação do curso de GQ, uma solicitação de um mapa de risco do prédio. Uma instituição que mantém um curso de segurança no trabalho e um curso de gestão da qualidade torna-se inadmissível que desde cedo não crie uma ambientação de mapas que futuros profissionais terão que se utilizar diariamente nas empresas. Um mapa de riscos contem diversos riscos para possíveis acidentes: químico, biológico e físico, ergonômico também, adapta-se a qualquer local e não necessariamente uma indústria com riscos de usos de maquinas e ferramentas. Ambientes como uma simples residência têm seus pontos de riscos, e podem ser classificados de acordo com a faixa etária dos moradores.
Outro ponto da solicitação encaminhada foi a análise de água. Em uma cidade como Natal, onde há pouquíssimas áreas com saneamento básico, torna-se uma exigência da secretaria municipal de saúde e da secretaria de educação que instituições façam uma analise de água periodicamente, e seria muito justo que todos tenham acesso ao laudo técnico referente a potabilidade. Qualquer local onde há manipulação de alimentos também é necessário o PAS (também solicitado), um programa de alimentação segura. Não houve uma resposta oficial ao encaminhamento formal, o arquétipo da caverna não permitiu.
Agora como senhores de um poder autorizado tomam decisões arcaicas para uma Nova Era (Bipolaridade do mundo. Jornal de HOJE 3/09/12, Natal/RN). Havia uma previsão de o mundo acabar em 2012 e o mundo acabou (2012 o ano que o mundo
acabou. O Mossoroense 10/01/13, Mossoró/RN). Entramos na Era de Aquário, e novas direções serão tomadas, os movimentos nas ruas já norteiam isto.
Aconteceu uma manifestação estudantil, um motim no quartel holandês, pela segurança de seus veículos. Estudantes como pedestres tem dificuldades de atravessar a avenida, “Dicotomia natalense”, com intenso vai e vem de veículos, e como condutores de veículos automotores não tem a certeza de encontrar seus bólidos tal como deixaram ao chegar. A direção da UNE e do DCE resolveram junto aos estudantes fazer um dia de mobilização reivindicando segurança e melhorias estruturais na Instituição. Um motim liderado por mulheres.
FMN
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 27/09/2013