O DRAMA DOS IMIGRANTES E O FUTURO DA EUROPA

A IMAGEM QUE CHOCOU O MUNDO

A foto do menino sírio de três anos morto em praia turca, estampada nos grandes jornais, despertou finalmente o mundo para o grave problema que assola a Europa nos últimos anos: a imigração clandestina (ilegal). Só este ano atravessaram o Mediterrâneo mais de 350 mil imigrantes. Cerca de três mil morreram afogados.

QUEM SÃO ELES E POR QUE VÊM PARA A EUROPA?

A maioria dos imigrantes ilegais é da Síria (Ásia Ocidental), Afeganistão (Ásia) e Eritreia (África).

Por que milhares de pessoas deixam suas casas, seus países, e muitas vezes família e bons empregos, para arriscar a vida em travessias perigosas pelo mar ou se escondendo dentro de caminhões, abarrotados de outros imigrantes?

Há vários motivos: fuga de países em guerra ou por perseguição religiosa e política; desejo de melhorar de vida e de se juntar a familiares que já vivem na Europa. E há um motivo que os grandes jornais e emissoras de TV não informam: muitos imigrantes sabem através da internet ou por notícias de parentes e amigos que já residem na Europa, que governos ocidentais concedem diversos benefícios sociais para refugiados. O problema é que o Estado Social de muitos países europeus está quebrado e os atuais imigrantes já não recebem a mesma assistência que era dada no passado. Muitos muçulmanos ficam inconformados com a receptividade de europeus, pois esperavam serem instalados em casas confortáveis e com todo apoio financeiro dos locais que os recebem.

Foi o que aconteceu na Alemanha com 125 refugiados sírios em Margetshöchheim, um subúrbio da cidade bávara de Würzburg. Alemães de esquerda, segundo a reportagem do New Observer online.com, tiveram “uma surpresa desagradável quando os seus convidados exigiram casas após a sua chegada e se recusaram a assumir o alojamento temporário oferecido.”

Os anfitriões alemães foram surpreendidos com a reação dos refugiados, pois “a cidade tinha passado por grande despesa e esforço para equipar o ginásio Margetshöchheimer para acomodar 125 pessoas.” Inclusive com placas de boas-vindas.

OPINIÕES A RESPEITO DA IMIGRAÇÃO NA EUROPA:

Os que são contra apresentam as seguintes justificativas:

- Provável perda de identidade e valores ocidentais. Na França, 10% da população são de muçulmanos. Na Alemanha são 5%; Bélgica 4%. Em Londres, há bairros onde vivem somente muçulmanos. Os londrinos são proibidos pelos imigrantes de transitar nesses locais, sob risco de serem agredidos. Esse problema é visto também em outras cidades europeias. Uma pesquisa feita em 2014 revelou que 74% dos franceses consideram o islamismo intolerante e incompatível com a cultura francesa (fonte: g1.globo.com/fantástico).

O que gera...

- Medo do aumento de terrorismo. Há relatos de entrada na Europa de membros do EI (Estado Islâmico) junto aos refugiados. Em geral, os europeus não têm medo de imigrantes budistas, hindus, latinos americanos ou judeus. Mas a simples visão de uma mulher ou homem em trajes muçulmanos já desperta desconfiança e medo na maioria.

- Descontentamento pelo aumento de desemprego gerado pela entrada de imigrantes que tomam os postos dos nativos.

- Aumento da violência nas ruas. Na Suécia aumentou o número de estupros.

- Dificuldade de adaptação. Enquanto outros imigrantes se integram facilmente à cultura europeia, a maioria dos muçulmanos tem dificuldade em se adaptar e até nem fazem questão, e insistem em manter suas tradições e costumes de locais de origem, muitos dos quais vão contra as leis dos direitos humanos.

- Ineficiência dos programas de acolhimento. Muitos europeus alegam que dar asilo não resolve o problema dos imigrantes, e que é inútil amparar os refugiados se as grandes potências não acabam com a origem do problema: os conflitos e a miséria dos países de onde eles vêm. Apenas estão mudando o cenário de guerra: do local de origem para a Europa.

- Medo de epidemias.

- Crise econômica na Europa e falência dos serviços sociais. Críticos dizem que alguns governos estão tirando dinheiro do contribuinte europeu para construção de casas para receber imigrantes e toda uma série de ajudas financeiras, enquanto o europeu pobre ou desempregado não tem a mesma atenção.

- Receio do fim do estado laico e islamizarão da Europa.

Os que são a favor argumentam:

- Dever moral.

- Caridade cristã.

- Necessidades econômicas. Para uma Europa envelhecida, a falta de mão de obra é compensada pela chegada de imigrantes.

- Multiculturalismo. Muitos políticos, intelectuais de esquerda e parte da população acusam os que são contra a imigração de racistas, xenófobos e islamofóbicos. Muitos europeus defendem a pluralidade de culturas; entendem que se deve respeitar as tradições dos imigrantes, mesmo que não concordemos com elas. Alguns multiculturalistas fundamentam-se na concepção radicalmente subjetiva da realidade, em que não existem valores éticos e morais absolutos. Muitos Acreditam que os imigrantes mantêm somente os costumes inofensivos, e ao chegar à Europa, abandonam os violentos que eram praticados em seu país de origem.

No meio dos discursos pró-imigração, há também um fator oculto que influi naqueles que são a favor da vinda de mais imigrantes, de cunho psicológico, que muitos não percebem. Trata-se da vergonha do passado, com ecos do colonialismo e o nazismo alemão ainda presentes entre muitos europeus. Assim, mostrando-se bons, receptivos e solidários, os europeus, sobretudo os alemães, querem apagar a imagem de exploradores gananciosos e racistas do passado.

O FUTURO DA EUROPA

Será que aqueles que alegam ser inevitável a dominação de muçulmanos sobre a Europa estão corretos?

Os que acreditam na islamização da Europa dizem que a taxa de natalidade média dos casais muçulmanos é três a quatro vezes maior que dos europeus, o que levaria a um domínio de muçulmanos em pouco tempo. Porém, há estudos que mostram que casais muçulmanos que vivem na Europa estão procriando menos. A taxa de natalidade média do europeu é de 1,5 filhos por casal; e dos casais muçulmanos imigrantes é de 2,5, e não os cinco ou sete filhos por casal que apontam algumas pesquisas sensacionalistas.

É VERDADE QUE OS MUÇULMANOS PRETENDEM ISLAMIZAR A EUROPA?

Para muitos estudiosos, não há dúvida de que o objetivo principal dos líderes religiosos é de elevar o islamismo ao posto de principal religião da Europa. E depois, ser a maior religião mundial. Hoje, o cristianismo na Europa responde a 76% e esse número vem caindo ano após ano. Um estudo feito pelo Pew Research Center (EUA) apontou que o islamismo terá o mesmo número de cristãos em 2050 (faltam 35 anos).

Os métodos de expansão do islamismo na Europa são semelhantes aos dos evangelizadores cristãos: criação de escolas particulares, proselitismo nas ruas, casas, favelas, seminários, colônias de férias, presídios, clubes, no trabalho e pela internet. Contudo, o islã leva vantagem sobre o cristianismo em suas metas de expansionismo porque, enquanto a religião cristã vê o número de devotos caindo, no islamismo acontece o contrário. E, embora não sejam números tão altos como informam algumas pesquisas, casais muçulmanos têm média de filhos superior aos casais europeus.

Um estudo da Eurostat (agência oficial de estatísticas da União Europeia) prevê que para 2061 pouco mais de um quarto dos habitantes da Europa será imigrante ou descendente de estrangeiro. Por isso, muitos estudiosos acreditam que o islamismo ultrapassará a religião cristã em poucas décadas e o Velho Mundo pertencerá aos muçulmanos. A Europa se transformará então em Eurábia – junção de Europa com Arábia.

COMO SERÁ A EUROPA SE A RELIGIÃO MUÇULMANA DOMINAR O CONTINENTE?

A lei civil cederá lugar para a Sharia (pronuncia-se sharÍa)

O QUE É A SHARIA?

É a lei baseada na religião islâmica e na interpretação dos hadits (ensinamentos e vida do profeta Maomé).

Em muitos países europeus, muçulmanos fazem passeatas com cartazes exigindo que a sharia seja implantada por toda a Europa. Uma pesquisa realizada em 2006 revelou que 37% dos muçulmanos entre 16 e 24 anos de idade que vivem na Europa querem viver sob a lei islâmica.

Já existem centenas de tribunais na Europa onde clérigos muçulmanos decidem os problemas de bairros de maioria muçulmana através da sharia. E tem total apoio de governos e juízes europeus. A sharia não afeta a vida apenas dos muçulmanos, mas também dos nativos que residem em comunidades de maioria muçulmana ou que trafegam por esses lugares.

Já há locais em Londres que os muçulmanos proíbem infiéis (assim chamados os não muçulmanos) de transitarem: são áreas restritas aos devotos do islã. Em Paris, algumas ruas são bloqueadas com barreiras, sem acordo com a polícia, para o momento das orações muçulmanas, que acontecem cinco vezes ao dia. Durante os minutos das preces, realizadas por centenas de fiéis, alguns franceses têm dificuldade de sair ou chegar em casa com veículos automotores.

Embora a poligamia seja proibida no Ocidente, imigrantes chegam aqui com suas esposas e vivem sem serem incomodados pela justiça; cada esposa extra que tem filho tem direito ao cheque de bem estar social. Os ulemás, instalados em mesquitas na Europa e Estados Unidos exigem das autoridades que os costumes dos crentes sejam respeitados – mesmo aqueles que vão contra os princípios do mundo ocidental.

Os extremistas aproveitam-se da bondade e tolerância religiosa que encontram nos países que os recebem para disseminar seu discurso antiocidental em mesquitas, escolas, parques, ruas, e casas. Numa cidade na Holanda, no mesmo dia dos atentados às Torres Gêmeas nos Estados Unidos, uma TV mostrou imagens de crianças filhas de muçulmanos comemorando o ato terrorista. Essas crianças tinham estudos e assistência médica gratuitos, pagos pelo governo ocidental.

Se a Europa for de fato islamizada, serão revogadas todas as leis do estado laico e assumirá a lei religiosa muçulmana.

Será permitido:

A poligamia (apenas para os homens); marido bater na esposa; homens casar com meninas impúberes; submeter meninas à mutilação dos órgãos genitais.

Será obrigação:

As mulheres (inclusive as ocidentais) usarem o véu e cobrir com roupas o corpo inteiro; todos terão que fazer as orações cinco vezes ao dia.

Será proibido:

Venda de bebidas alcoólicas, carne de porco, sexo fora do casamento, danças ocidentais, biquínis e maiôs.

Punições:

Castigos físicos para diversos crimes. A pena de morte será aplicada para mulheres acusadas de adultério, apóstatas e infiéis.

O QUE PENSAM OS PRÓ IMIGRANTES

No entanto, em alguns países europeus, a maioria da população é a favor da vinda dos imigrantes muçulmanos. Uma grande parcela de políticos e intelectuais europeus afirma que a maioria dos imigrantes se adapta e respeita os valores ocidentais e que a suposta islamização da Europa é uma fantasia dos partidos de extrema direita, composta por muitos islamofóbicos e racistas.

O presidente da Suíça, Hans-Rudolf Merz disse (em 2009) que a maior parte de muçulmanos soube se integrar perfeitamente e é ordeira. Defensores da imigração argumentam que a maioria dos muçulmanos que reside na Europa e Estados Unidos há mais de trinta anos se adequou perfeitamente ao estilo do mundo ocidental e jamais entrou em conflito com a polícia por desrespeito à lei. Muçulmanos que não são dominados pelo fanatismo religioso e têm bom nível de instrução, são capazes de aceitar perfeitamente a democracia, as tradicionais normas de boa convivência e tolerância, são confiáveis e excelentes companhias, como qualquer ocidental que respeita tais valores.

A chanceler alemã, Angela Merkel vai destinar 6 bilhões de euros para receber os imigrantes e disse que vai trabalhar para que as mudanças que vão ocorrer no país com a vinda dos imigrantes sejam positivas.