SETE DE SETEMBRO
SETE DE SETEMBRO
Esta data nos é tão importante quanto o 4 de Julho de 1776 ou o 14 de julho de 1789, é para os Estados Unidos da América ou França.
Pois foi em 7 de setembro de 1822, que o Brasil teve a sua independência se tornando politicamente organizado como Estados Unidos do Brasil.
Ate então, éramos Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, se tornando um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.
Mas foi com a revolta pernambucana em 1817, que já se manifestavam os luso-brasileiros, culminando em 1822 com a nossa Independência proclamada por Dom Pedro.
Esta data reverenciada por todos os brasileiros se da em qualquer parte do globo, assim como acontecem nas Embaixadas dos Estados Unidos da América, na França na República Federativa do Brasil e nos países que comemoram suas datas nacionais.
Pela condição de minha mulher ser descendente de franceses, por muitos anos estive no Consulado Frances, comemorando a tomada da bastilha no 14 de Julho. E na minha estada nos Estados Unidos, assisti a festividade de 4 de Julho, tal qual festejamos no Brasil o 7 de Setembro. Em 1986, estive em Israel, nos meses de Julho, Agosto e Setembro, oportunidade em que pude estar no Consulado do Brasil numa recepção aos brasileiros em transito por lá. Sentindo a mesma emoção que os parentes da Myriam sentiam no Consulado Frances, por ocasião do 14 de Julho, que eu não dava o mesmo valor, até que vim a sentir na própria pele como imigrante.
Aliás, esta emoção patriótica se passou, também, por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932. Pois essa se deu de 9 de Julho a 2 de Outubro, quando os entrincheirados de ambos os lados revolucionários, por ocasião do dia 7 de Setembro, um paulista afronta os mineiros de bandeira em punho, e, um mineiro não deixando por menos, vai ao seu encontro de clarim entoando o Hino Nacional Brasileiro, unindo ambas as forças armadas num congraçamento patriótico como fazemos até hoje em todo o Brasil, em que pese às festividades se restringirem ao governo, ficando a desejar a participação dos brasileiros, que assistem pela televisão, quando não emendam o feriado viajando para seus recantos de veraneio.
Mas da minha parte, como faço todos os anos, não só em 7 de Setembro, como também em 23 de Maio e 9 de Julho, participando do desfile cívico com os poucos que vivificam esta cidadania.
Portanto, conclamo aos amigos e parentes que me acompanhem nesta data desfraldando uma bandeira do Brasil em suas casas, e, se possível, que vão ao Anhembi assistir ao desfile, onde terão oportunidade de testemunharem a minha participação com meus confrades, correligionários e concidadãos.
Salve Sete de Setembro!
José Francisco Ferraz Luz