DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO E BONS CONSELHOS

Prólogo

Espero que esta mensagem sirva para orientar os diletos leitores. Um ditado antigo diz que se conselho fosse bom seria vendido, e não dado. Mas o bom siso nos diz que sim, o bom conselho dever ser dado, desde que ponderado e sincero – não para mostrar aos leitores que o autor do escrito é inteligente, escolado, mas para ajudar o leitor atencioso a trilhar o bom caminho.

Não custa nada dar conselhos simples para evitar o desequilíbrio financeiro por uma razão muito lógica: É lamentável a situação do Rio Grande do Sul.

ESTADO DE INSOLVÊNCIA

A perspectiva do Brasil é sombria! Quem poderia imaginar que o Estado do Rio Grande do Sul um dia enfrentaria problemas de ordem financeira? O salário dos servidores está sendo pago em parcelas pelo governo. A primeira parcela, de R$ 600,00 (seiscentos reais), já foi depositada.

Para o dia 15 está programado o pagamento de R$ 1.400.00 (mil e quatrocentos reais) e uma parcela complementar para quem ganha acima de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais) será depositada posteriormente.

O atraso no pagamento dos funcionários públicos e o calote na dívida com a União escancaram a atual crise financeira do Rio Grande do Sul e também levaram muita gente a se perguntar: Como um estado rico, que tem o quarto maior PIB do país, virou a “Grécia brasileira”?

Segundo economistas consultados, a resposta é simples: nas últimas quatro décadas, o governo gaúcho gastou mais do que arrecadou em praticamente todos os anos. O saldo negativo foi aumentando, os juros viraram uma bola de neve e não há mais de onde tirar dinheiro para pagar as contas.

PLANEJE SEUS GASTOS

Manter o controle de suas finanças e calcular orçamentos para futuros investimentos deve estar no topo das suas prioridades. Seja por meio de aplicativos móveis ou planilhas de papel, descubra uma maneira de calcular exatamente quais são os seus ganhos e gastos mensais. Esse é o primeiro passo para controlar o dinheiro que entra e sai da sua conta bancária.

Comece a fazer as seguintes perguntas com mais frequência: “Quais são os meus gastos com comida por semana? ” “Quantas vezes por ano eu compro roupas e acessórios novos? ” “Quanto custa os eventos sociais que eu frequento? ”.

É normal que os jovens sintam receio de perder certas oportunidades e propostas que surgem ao longo dessa fase "excitante" da vida. Jantares, viagens, encontros e eventos sociais, muitas vezes, passam despercebidos pelas nossas contas de despesas diárias. No entanto, são justamente esses tipos de gastos que, somados, podem fazer grande diferença no fechamento de contas ao final de um período.

Portanto, considere recusar com mais frequência certos convites para eventos sociais que envolvam dinheiro, ou procure se reunir com seus amigos e familiares em “programas caseiros” e em eventos com programação gratuita. Atenção! Não estou escrevendo que você precisa deixar de ter vida social, de viver ao ar livre e ficar recluso na solidão das redes sociais como: Facebook, Instagram, WhatsApp etc.

COMECE A PENSAR NA SUA APOSENTADORIA

Apesar de muitos jovens pensarem que ainda têm a vida inteira pela frente e que planejamento da aposentadoria é coisa de pessoas mais velhas, é importante começar a pensar no futuro o quanto antes.

Pense nisso: se você começar a economizar e fazer investimentos aos 35 anos de idade, ao invés de aos 20 anos ou 25 anos, você terá perdido 15 anos ou 10 anos em que o seu dinheiro poderia estar rendendo em alguma boa aplicação.

MEU EXEMPLO EM FOCO

Servi à pátria por longos 32 anos, 07 meses e 22 dias. Não foi fácil suportar essa longa convivência com alguns superiores hierárquicos boçais, vaidosos, prepotentes e com a autoestima estribada na rudeza. Pensando em minha aposentadoria (reserva remunerada), eu teria que superar todos os obstáculos e agir com abnegação.

Finalmente eu me aposentei aos 52 anos de idade com os proventos de major do Exército. Não me queixo. Os proventos são parcos, mas, consegui fazer um “pé-de-meia” graças aos “bicos” feitos com trabalhos de informática e jurídicos, sobreviver com apenas 90% (noventa por cento) de meu soldo e um planejamento adequado a minha condição financeira, social e familiar.

Todavia, conheço companheiros que, não suportando o crudelíssimo rigor do Regulamento Disciplinar do Exército (R/4), associado ao boçal comportamento de seus superiores, solicitaram a reserva remunerada prematura abrindo mão de promoções e substanciais melhorias nos seus proventos. Isso, comprovadamente, é assédio moral no trabalho. Quem trabalha sabe o que significa estar subordinado a um chefe pedante, orgulhoso e pernóstico.

EXPLICANDO O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

Assédio moral no trabalho é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e sem simetrias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.

CONCLUSÃO

Pense nisso: Não se pode gastar mais do que se ganha! Durante quarenta longos anos os governos do Rio Grande do Sul gastaram mais do que arrecadavam, isto é, tiveram as despesas maiores do que as receitas.

Ora... ora... ora, isso, igual aos débitos dos cartões de créditos que são pagos pelos valores mínimos, com o passar de pouco tempo, faz as dívidas se transformarem em imensas bolas de neve, impagáveis.

Provavelmente, outros estados de nossa federação vão deixar mais transparentes suas contas e mostrar à sociedade que também estão no buraco negro da improficiência. "À boca miúda", isto é, em voz baixa, às caladas, em surdina, na intimidade, no calçadão da Cardoso Vieira (Sito em Campina Grande/PB) e algures, fala-se que dezessete Estados do Brasil estão nas mesmas condições do Rio Grande do Sul.

Portanto, comece desde já a reservar uma parcela do seu salário (fiz isso por muitos e muitos anos) e rendimentos financeiros para aplicar em planos de previdência social. Sugiro apenas 10 % (dez por cento) dos seus rendimentos líquidos. Você ficará surpreso no quanto isso irá lhe ajudar no futuro.