Sartre e o Existencialismo.
O que significa Existencialismo? O que Sartre, filósofo francês, quis dizer sobre a frase: “O homem está condenado à liberdade”? Muitas pessoas têm problemas ao interpretar essa frase e se perguntam: “Como pode estar condenado à liberdade quando ela própria nos põe em uma condição de liberdade?”. Contraditório, não?
Primeiramente, é bom salientar que Sartre além de ser escritor era um sujeito engajado nos movimentos sociais de sua época. Qualquer coisa de anormal que acontecia na França, as pessoas perguntavam a Sartre: “O que você pensa disso? Será que existe uma solução para tal problema?”.
Quando Sartre escreve: “O homem é um ser pelo qual o nada vem ao mundo”, o que quer dizer? Ele traz a seguinte interpretação: quando o ser humano nasce, nasce como um “nada” e aquilo que passa a ser é desenvolvido a partir de sua existência; a consciência de si mesma é produzida ao longo da existência.
Sobre: “Como pode estar condenado à liberdade quando ela própria nos põe em uma condição de liberdade?”. Qual é o significado? Simples! Sartre vai falar que o sujeito só tem essa condenação: a de existir. O resto é fictício. Quando alguém diz: “Ah, não posso fazer tal coisa que eu gostaria de ter feito”. Você não pode ou você não quer? Na verdade, foi você quem procurou seu caminho!
Nietzsche escreve uma frase que tem tudo a ver com o Existencialismo: "O andarilho e a sua sombra". Por que "a sua sombra"? Porque se você é existente, o que acontece? Vai junto a sua sombra. Projetando a sua posição em um dado referencial em que se encontra.
As decisões que tomamos são inseparáveis de nós mesmos por uma razão simples: quando alguém age de má fé diante das decisões, passa a ser um covarde. Porque diz respeito àquela pessoa que sabe que escolheu o errado, mas não quer se responsabilizar pelas as suas decisões. Estará condenado, dentro da liberdade, pelas más escolhas que fez. Isso para o Sartre.
Então é bom ter cuidado quando vamos deliberar as nossas decisões. Temos de ter a deliberação certa, mas aceitar as que falhamos. Não existe uma Essência como uma forma de liberdade, uma vez que a própria liberdade está dentro do existir limitado.