MEDITERRÂNEO: DA PERENE TRAGÉDIA HUMANA:

Fotos de sofrimento sempre circulam pelas redes sociais e nos instigam a sensibilidade.

Mais presentemente, com a tragédia do mediterrâneo, em que milhares de pessoas buscam fugir da miséria , da violência e das desordens e perseguições políticas instaladas no norte da Àfrica, as SURREAIS mazelas dos países abandonados chegam mais aos nossos olhos e nos tocam as reflexões dos "porquês".

A conclusão é simples e muito clara: quando, o mundo, olhamos apenas para o nosso umbigo narcísico e negligenciamos as dificuldades do quintal do vizinho, a acreditar que o problema é apenas dele, começamos a perceber que realmente NENHUM HOMEM É UMA ILHA.

E as águas tormentosas chacoalham os mares e desnudam todas as pedras escondidas dos caminhos...

É quando começamos a perceber que o planeta é de todos e que aonde há negligência social com o Homem, em qualquer parte do mundo, a falta de PAZ está plantada e prometida ao mundo que o negligencia. Dali será apenas questão de tempo...

Conhecemos bem essa dinâmica social que se repete em outros cosmos mais presentes, não?

É INACREDITÁVEL olhar para a GEOPOLÍTICA DOS PODEROSOS, e enxergar que o mundo que pode TUDO assiste atonita e quiçá insensivelmente as azuis águas do Mediterrâneo se tornarem um CEMITÉRIO DE PESSOAS DESESPERADAS A CÉU ABERTO.

Então, tristemente aprendemos que nada é fruto do acaso, tampouco a geografia CRESCENTE da fome.

Em História, sociologia e antropologia todas as ações e omissões HUMANAS E HUMANÍSTICAS estão sempre linkadas e a lei do retorno nunca perdoa a Humanidade: colhemos o que semeamos, inclusive SOCIALMENTE.

Em pleno século XXI, momento em que a humanidade se julga IMENSAMENTE desenvolvida, momento em que distâncias se encurtam e pensamentos se difundem numa velocidade estonteante pelas redes sociais, inclusive a ponto de mudar destinos políticos que se julgam pétreos, a tragédia humana a que pertencemos todos sai dos palcos dos antigos teatros "gregos -romanos" de volta aos nossos tantos coliseus do mundo moderno, fomentados pelas nossas ambições, que tiram cada vez mais de quem menos tem.

Algo a se pensar...

Só nos cabe rezar para que recobremos a consciência e a fraternidade solidária a tempo de salvar vidas abandonadas pelo tempo, inclusive bem pertinho de nós,ó, logo ali!.

Só há um caminho: Um brado retumbante de "NÃO!" ÀS TODAS AS CORRUPÇÕES MUNDANAS QUE NOS ASSOLAM E O TRABALHO CONJUNTO PELA VERDADEIRA JUSTIÇA SOCIAL NO PLANETA.

Que cada um de nós faça a sua pequena grande parte.

Afinal, o mundo é de todos nós, e ninguém é feliz sozinho, muito menos com a infelicidade HOLÍSTICA crescente no quintal do vizinho.