NÓS, OS CORRUPTOS!

O Brasil está apinhado de pessoas censuráveis que não se reconhecem como tal ou, quando o fazem, preferem o título de “espertas”. Ouvi, certa vez, uma frase em crítica a uma atitude minha: “cada vez que nasce o idiota o esperto bate palmas”. O emissor tentava me dizer que agir de forma correta é coisa de trouxa (além de me chamar de idiota). Inacreditável!

Pedir pelo fim da corrupção é bacana, mas não resolve. A começar porque só se reconhecem como corruptos os políticos, quando, na verdade, os “corruptos” estão por toda parte (inclusive na igreja onde, ingenuamente, eu acreditava que seria impossível). Há muita gente oportunista que se aproveita da desgraça do outro para se beneficiar e, lamentavelmente, vivemos uma realidade em que cada um quer resolver o seu problema, sem se importar com o coletivo.

Eu queria que fôssemos capazes de ao menos refletir sobre o que estamos fazendo verdadeiramente em prol da mudança. Acho pertinentes as reivindicações, os protestos, as marchas nas ruas, e concordo plenamente que não se deve calar diante do que está errado, mas denunciar mesmo! Mas isso não me faz crer que a mudança do gestor do País, ou a retirada de um ou de outro político seja “a solução”. É preciso, antes de qualquer coisa, mudar o governo interior, dentro de cada um.

O grito pelo fim da corrupção, para parecer menos hipócrita, deveria ser dado diante do espelho.

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 21/08/2015
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