Mulheres: ao poder!

Mulheres: ao poder!

Desde 1999 venho apoiando o projeto (natural) voltado para a entrega do comando do planeta às Mulheres. Tanto com artigos expostos na rede como em participações eventuais no adequado programa “Fala Mulher” na rede Bandeirantes.

Como a classe masculina se apossou do comando desde os primórdios (sem eleição ou usando algum processo similar às nossas “confiáveis” urnas-E) e exibe hoje um planeta degradado e com altos riscos de falência, cabe testar uma troca de comandos para tentarmos recuperar nossa comprometida espécie. O marco principal é a extinção da violência contra as Mulheres.

No entanto as vejo mais preocupadas com fones de ouvidos, desperdiçando talento no Face e conectadas em duvidosos ídolos da TV (que não tem interesse em mudar este cenário que lhe dá lucro em troca da queda da qualidade de vida da população).

Este fato (resumido) abaixo ocorrido na semana passada dá-nos um bom exemplo da acomodação das colegas diante de situações em que tiveram oportunidades de demonstrar o quanto pretendem mudar o atual cenário injusto onde se sujeitam a viver.

O Metrô-RJ possui um vagão reservado às Mulheres em certos horários do dia.

Um gaiato mal educado entrou num destes vagões com mais de 15 Mulheres e sentou-se sem pedir licença. Uma das duas indignadas elevou a voz para o intruso sair. Este se fingiu de surdo. Ela convocou um segurança uniformizado na plataforma para retirar o invasor. O funcionário (talvez com preguiça) alegou que nada poderia fazer pois a legislação não impede a atitude do “machão”.

Então de que adianta escrever que o vagão está “reservado” se tal norma não é cobrada por quem a editou?

As Mulheres continuaram a viagem resmungando que “este país não tem jeito” porque as regras não são respeitadas.

TEM JEITO SIM.

Bastaria que as duas Mulheres convocassem as demais 13 presentes para brecarem o fechamento das portas do vagão. Algumas deveriam sair do Face para filmar a partir daí, enquanto outras telefonariam para algumas rádios para dar a notícia ao vivo no microfone da mesma.

Com certeza o “machão” não tentaria bater numa das valentes com receio de ser linchado pelas demais. Se fosse esperto sairia rapidamente, ainda que seguido de uma breve vaia.

E o funcionário não teria moral para condena-las. Afinal não deve ter nada na legislação que impeça usuários fecharem as portas de um “órgão” prestando serviço de qualidade abaixo do preço cobrado.

E consumada a vitória das colegas neste evento, o mesmo serviria como belo exemplo para que em outros segmentos os habitantes “fechassem as portas” de entidades que nos humilham apesar dos polpudos impostos tomados dos sustentadores de mordomias de ratazanas que se arvoram de “ortoridades”, mas não nos devolvem serviços adequados.

Quem sabe se rapidamente não conseguimos nos unir para um dia fechar as portas das Câmaras públicas nem que seja por um dia?

Que tal criar o “Dia Nacional de fechamento das ratoeiras”?

Haroldo P. Barboza - RJ