Escalada Social.
Para muitos, é um erro imaginar a sociedade sem suas classes, e sem dúvida esta é uma preocupação sociológica aliada aos mais crueis sistemas de governos, pois é justamente a intenção perversa de classificar o indíviduo, separando-o dentro da própria sociedade, pela sua simples situação econômica a que pertence e com o único intuito de manipulá-lo a um consumismo selvagem e desumano, desvirtuando-o dos interesses coletivos do país.
Por isso, é nítida a dificuldade em unir cidadãos em prol de causas que beneficiariam toda uma sociedade. Reparem, quem já tem acesso aos melhores hospitais, dificilmente vai se engajar na luta pela saúde.
Quem já tem acesso às melhores escolas, jamais vai se aventurar na luta pela educação. Quem já conseguiu comprar o seu carrinho, acha que não precisa lutar por melhores transportes. Quem já conseguiu abrir o seu próprio negócio, pensa que o problema do desemprego não é mais seu e quem já coseguiu a tão sonhada casa própria, sente-se aliviado por não se preocupar com moradia, e há aqueles que adquirem um imóvel na praia, mas não conseguem sair do aluguel, tudo para manter a escalada social.
Este é o alvo dos poderosos, alicerçar cada vez mais o individualismo, criando a falsa concepção de que; mudando o poder aquisitivo, seríamos promovidos ou rebaixados na escala social. Assim pensa a sociedade: médicos cuidam de médicos, professores de professores e desempregados de desempregados, promovendo cada vez mais, uma visão simplista, impedindo que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária, com conceitos não baseados em padrões econômicos e sim, em qualidade, respeito e direitos humanos, caso contrário, além de números, seremos também conhecidos por ridículas letras A,B,C,D e E. E é justamente assim que somos vistos por grupos empresariais, economistas, sociólogos, antropólogos, mídia e governos manipuladores.
Dar um basta nas manipulações, só depende de nós e lembre-se; uma sociedade dividida, só fortalece e multiplica as injustiças.
Mário De Oliveira