A favor ou contra, ou coisa nenhuma
Certas publicações nos deixam pouco à vontade no Facebook. Por exemplo, sai uma ferramenta que sugere às pessoas que se posicionam a favor de casamento entre pessoas do mesmo sexo a colorirem as suas fotos do Perfil. Quando avistei isto, fiquei sem saber como resolver, pois não conseguia acionar a tal ferramenta. Então, temos amigos favoráveis e outros não. E, se a gente não colore a foto, logo se há de supor que demonstramos ser do contra. Aí não vale dizer que eu ou outra pessoas somos contrárias ao casamento homo. Primeiro há que se imaginar perspectivas como esta, a de não conseguir o efeito. Depois, outros pontos podem ser motivo de conjectura, a exemplo de que a pessoa ainda não percebeu a chamada ou ainda não dispôs de tempo.
Fiquei me perguntando se isto de contra e a favor faria algum sentido, tipo situar-se nos extremos. Extremos não são coisas boas. E descobri em mim que nem sou contra e nem a favor, pois de mim pouco depende que as pessoas gostem de algo, prefiram uma determinada situação. Na verdade, isto diz respeito tão somente a tais pessoas. O meu a favor tem mais com esta posição que pode ser considerada em cima do muro. Considerem como quiser. Na verdade eu tenho é me educado e reeducado, pois venho de uma geração e de uma cultura do contra. Por ter aprendido um pouco sobre esse radicalismo do passado e por ter visto nos noticiários inúmeros casos de violência, de assassinatos, comecei a me preocupar e a sentir que é tão absurdo quanto as barbaridades promovidas pelo grupo Estado Islâmico, isto de apedrejar, violentar, matar, esquartejar uma pessoa em virtude de um motivo que só e tão somente a essa pessoa interessa.
Gostar de pessoas do mesmo sexo não é um mal contagioso, nem um mal é! Mal e muito mais que essa amizade, amor, casamento, é matar. Coisa alguma pode ser pior do que matar. Torno a me perguntar se sou contra ou a favor e sinto o mesmo, eu não tenho que ser contra ou a favor disto ou daquilo. Quando uma jovem ou um jovem começa a namorar, mesmo sendo um casal hetero, logo a família se posiciona aprovando ou reprovando aquele namoro. Nunca deu certo proibir, parece até que os jovens agora aí é que se interessam em manter firme o amor. Proibir é a última coisa a se fazer com os jovens. E ser contra ou a favor vai dar no mesmo se alguém quer namorar uma pessoa do mesmo sexo. Quer se trate de jovens, quer de adultos.
Por outro lado, fico sem compreender de forma alguma como pessoas muito religiosas e pouco sem cristandade se propõem a curar casos de homossexualismo, mesmo porque declarado já foi pela ciência não ser uma doença. Também porque parecem certos indivíduos não terem lido algo tão simples sobre a natureza, que apresenta esse comportamento também entre animais irracionais. Quem leu um pouco sobre biologia sabe que o organismo nem sempre é equilibrado na distribuição de hormônios, e que ninguém é culpado pelas medidas naturais.
Bom mesmo é disponibilizar a mente e o coração para compreender cada vez mais as manifestações da natureza e não, na verdade, posicionar-se contra ou a favor. Somos donos de nós mesmos e não estão abertas as vagas para concursos de tomar conta do que nos é alheio.