Racismo- No Brasil tem?
Seria trágico se não fosse cômico. Por mais que os governos insistem em dizer que em nosso país essa palavra RACISMO foi abolida, vemos na pratica que isso não é verdade. Existe sim um RACISMO velado e vergonhoso.
Quando o governo destina 10% de vagas nas Universidades para os negros, é uma demonstração de RACISMO. Porque também não destinam 10% dessas mesmas vagas para os brancos? Quando uma negra, bem vestida, perfumada, com seu diploma conquistado numa Universidade com o suor de seu rosto e de toda sua família vai a uma entrevista de emprego, já é olhada com desdém e normalmente perde a vaga para uma mulher branca, pernas grossas, coxas a mostra e sem nenhum conteúdo comprovado. Isso não é RACISMO?
Quando se trata de SEXO, eles dizem: “NADA MELHOR QUE UMA MULHER NEGRA, ELAS SABEM COMO ENLOUQUECER UM HOMEM” – Chega a ser nojento. A mulher negra não pode ser comparada a um pedaço de carne vendida num açougue ou uma mercadoria exposta em uma prateleira de um supermercado. Ela tem alma... tem um coração...seu sangue é igual a de todas as outras mulheres, tanto brancas, mestiças, etc.
O que mais me deixa perplexo, é que os movimentos afrodescendentes, sabem disso e nada fazem. Não creio que ir para as ruas, gritarem que querem sua liberdade vai resolver, muito pelo contrario, os coloca mais ainda num lugar onde nunca estiveram ou se estiveram foi num passado que jamais queremos lembrar: O CALABOUÇO.
Os negros são lindos... alma e coração perfeitos e cheios de amor. São os que possuem as melhores vozes. Temos um Rei (Pelé). Nossos melhores jogadores de futebol são negros, nossos melhores artistas em geral, são negros. Todos somos negros. Viemos de uma raça que devemos muito nos orgulhar, pois foram eles que há centenas de anos começaram a construir esse pais como muitos outros países do nosso planeta.
Vergonhoso ver que nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional, termos menos de 1% de negros. O RACISMO começa dentro dos partidos, onde são escolhidos 99% de brancos para concorrerem a cargos parlamentares, enquanto a migalha fica para os negros. Não contam com o apoio dos partidos, por não acreditarem em suas capacidades, como ser negro fosse uma doença terminal.
A história nos mostra o contrário. Escritores, políticos, poetas, músicos, esportistas, etc. negros, sempre se destacaram no cenário mundial, mas somente são lembrados após suas partidas, como se fosse uma obrigação e não um dever.
Bata no peito aquele que não tem um pouco sequer de um “sangue negro”, e mesmo assim são os primeiros a discriminarem sua raça.
Venho de família mista. Pai português, mãe negra, filha de negros, neta de escravos. Me orgulho pelo meu berço e por minha história, historia de meus antepassados, que nessa hora se remexem em seus túmulos, envergonhados por saberem que em nosso país, o mais lindo de todos os países, ainda encontramos casos de RACISMO.
Meia noite, você esta na rua, indo para casa num dia longo de trabalho. A polícia te para numa blitz, antes de te pedirem os documentos do veiculo e os seus, partem logo para a agressão, muitas vezes a vitima indo a óbito. Sabem por quê? ELE ERA UM NEGRO e na visão de muitos, um negro não pode ter um carro novo, não pode ter uma casa, não pode frequentar um clube.
Vemos ainda em pleno século XXI, jogadores de futebol sendo hostilizados por serem negros, mas se esquecem de Pelé, Eusébio e tantos outros que levaram alegrias em seus clubes e seleções de seus países. Vemos todos os dias na mídia, crianças sendo escravizadas, mulheres e idosos sendo vilipendiados por sua cor.
Até quando isso vai continuar?
Princesa Isabel libertou os escravos das correntes, das algemas, dos grilhões. Mas observamos que ainda nos dias de hoje, os negros ainda estão acorrentados, algemados, no mais profundo de suas almas, pois lhes faltam o RESPEITO. Estão acorrentados por uma sociedade machista e mentirosa...algemados a falsos padrões de moralidade e aprisionados com grilhões da hipocrisia.
Tenho vergonha desse lado de meu amado Brasil, onde o que se escreve não é praticado, onde o amor não é para todos, onde a cortina ao se abrir observamos rostos tristes, lagrimas de tristeza de um povo a quem devemos muito...devemos a nossa própria existência.