RESIDENCIAIS JARDINS DO CERRADO, UM BAIRRO PERIFÉRICO ESQUECIDO - MEIO AMBIENTE - PARTE XIV
Nesta penúltima parte, quando estamos quase chegando ao fim desta viagem pelos Residenciais Jardins do Cerrado, um bairro periférico esquecido vamos iniciar esta etapa um pouco diferente de todas as demais, falando, claro, do meio ambiente. Não sou geógrafo, mas me considero um ambientalista amador, de modo que posso dizer que quando falamos em meio ambiente surgem em nossas cabeças variadas propostas de definição referente ao termo circunscrito. Assim, cada indivíduo conceitua meio ambiente de acordo com o seu conhecimento, a sua experiência, cultura, etc. Alguns o chamam de lugar, outros denominam de espaço e outros mais definem como sendo território. Dependendo do ponto ótico todas as expressões impregnadas são aceitas, porém, ecologicamente falando meio ambiente é o conjunto de condições e influências naturais que cercam um ser vivo ou uma comunidade e que agem sobre ele. Do ponto de vista geográfico território é uma área politicamente delimitada, em que o Estado exerce sua jurisdição dentro de suas fronteiras; lugar é um ponto referencial e espaço é o meio natural transformado pelo homem. Dessa forma, num dado espaço pode existir diversos lugares. Sendo assim, o meio ambiente ou meio natural vai sendo transformado em espaço pelo homem. Essa transformação ocorre de forma ecologicamente correta ou dissolutamente. Quando o homem manipula o meio ambiente de maneira responsável a natureza mantém-se em equilíbrio, do contrário os impactos são catastróficos e os verdadeiros resultados afetam todas as espécies terrestres, seja animal ou vegetal etc.. O espaço ocupado pelos Residenciais Jardins do Cerrado e Mundo Novo não é diferente, embora não seja ainda um território industrializado, fator contribuinte com a destruição da camada de ozônio, a minicidade vem sofrendo com a falta de cuidados com o meio, seja por parte do poder púbico, seja pela própria comunidade.
Tanto a coleta seletiva, quanto a coleta comum vem sendo realizadas com frequência no bairro, porém o mato alto, a falta de constante limpeza na minicidade, por parte do poder público tem contribuído para o agravamento da situação ambiental. Por outro lado, moradores também desconhecem ou faz desconhecer o zelo pelo local e se acham no direito de descartar todos os tipos de materiais nas áreas públicas, ruas e calçadas. Sofás velhos, televisores quebrados e muitos outros móveis tidos como sem serventias são lançados nas ruas a céu aberto. Outrora, quando se realizam os serviços de roçagem pela prefeitura, os moradores resolvem colocar fogo nos resíduos.
Um córrego que passa nas imediações da minicidade poderia receber mais cuidados, sendo transformado num bosque para oferecer melhor qualidade de vida aos moradores, mas ao que parece isso ainda está muito longe de acontecer. Mas, pior que tudo isso, é a falta de saneamento básico, principalmente na tangente da rede de esgoto, o bairro ainda se serve de fossas sépticas, quando já deveria contar com eficiente rede de esgoto e receber tratamento adequado.
A parte boa é que o bairro que foi inaugurado há seis anos sem nenhuma árvore para fazer sombra, liberar oxigênio e consumir o gás carbônico, hoje já está visivelmente bonito e arborizado, de modo a garantir bons ares à população.
Gilson Vasco
escritor