Eu desconfio de quem quer mudar o mundo.
Esses dias, recebi alguns e-mail´s criticando meu posicionamento sobre o politicamente correto e sobre a questão de dinheiro influenciar na nossa "felicidade".
Reafirmo aqui que, dentro do meu ponto de vista, a imensa maioria dos que apregoam ser politicamente corretos fazem isso apenas para aparecer, mostrar que são legais, da turma do chapéu branco, etc. O problema é que a maioria das pessoas não está nem aí para o politicamente correto. Sempre que é fácil adotam essa postura, quando exige sacrifícios, mostram o que tem de pior...
Sempre estão preocupadas com a fome da África, com o desaparecimento das baleias, com o efeito estufa. Mas a grande verdade é que a maioria das pessoas continua colocando seus lixos em sacolas de plástico e imaginando maneiras de torrar milhões de reais em coisas absolutamente supérfluas se "ganhasse na mega sena", aliás, coisas que não influenciariam em nada para um mundo melhor.
É legal parecer "do bem". Uma pessoa legal, descolada, que vive uma vida sustentável. Uma pessoa preocupada com os rumos do mundo, mas que na intimidade limita-se a apenas assistir TV, curtir besteiras no facebook e gritar aos quatro cantos que o mundo poderia ser melhor, se cada um fizesse sua parte.
Atitudes individuais melhorarão o mundo? Desculpe mas não acredito nisso. Pelo menos não do jeito que está: limitar-se a tomar essas atitudes apenas de vez enquanto, quando são fáceis. As verdadeiras mudanças residem onde é extremamente difícil.
Vivemos um mundo de superficialidades, onde não existe compromisso. Mudanças reais só acontecem quando somos ameaçados por algo que não gostamos, seja perder dinheiro, a liberdade, etc.
Quer um exemplo? Ótimo, aqui vai um.
Quando passou a vigorar uma nova determinação que seriam retirados os avisos de radar das rodovias. Muita gente do politicamente correto chiou, esbravejou, disse que tinha o direito de ser avisado onde havia radar, etc.
Agora me pergunto: pra quê? Se a avenida, (rua, estrada, rodovia, etc) tem um aviso bem claro de que em toda a sua extensão não é permitido trafegar acima de certa velocidade, porque o motorista deve ser avisado onde existe a fiscalização?
Simplesmente porque é bonito fazer de conta que é da turma do chapéu branco, ficar consternado com os acidentes de trânsito, irritado com a falta de direito a liberdade, mas quando somos incomodados, nossos interesses pessoais (ou o que achamos que são interesses pessoais) vem acima de qualquer coisa. Simples assim.
Dramático? Cruel? Pode ser, mas verdadeiro. Em geral, você, eu e quase todas as pessoas só estamos preocupados com nosso próprio universo, nossos próprios problemas. Disse "quase", porque excessões existem, mas são raras. "Ah... eu sou diferente, sou altruísta, dou meu lugar no ônibus e separo o lixo em casa". Perfeito. Continue assim, mas reflita sobre suas outras atitudes.
Ou melhor... vamos fazer um pacto? Você finge que é "do bem", eu finjo também e acredito em você, e todo mundo vai vivendo sua farsa pessoal.
Esses dias, recebi alguns e-mail´s criticando meu posicionamento sobre o politicamente correto e sobre a questão de dinheiro influenciar na nossa "felicidade".
Reafirmo aqui que, dentro do meu ponto de vista, a imensa maioria dos que apregoam ser politicamente corretos fazem isso apenas para aparecer, mostrar que são legais, da turma do chapéu branco, etc. O problema é que a maioria das pessoas não está nem aí para o politicamente correto. Sempre que é fácil adotam essa postura, quando exige sacrifícios, mostram o que tem de pior...
Sempre estão preocupadas com a fome da África, com o desaparecimento das baleias, com o efeito estufa. Mas a grande verdade é que a maioria das pessoas continua colocando seus lixos em sacolas de plástico e imaginando maneiras de torrar milhões de reais em coisas absolutamente supérfluas se "ganhasse na mega sena", aliás, coisas que não influenciariam em nada para um mundo melhor.
É legal parecer "do bem". Uma pessoa legal, descolada, que vive uma vida sustentável. Uma pessoa preocupada com os rumos do mundo, mas que na intimidade limita-se a apenas assistir TV, curtir besteiras no facebook e gritar aos quatro cantos que o mundo poderia ser melhor, se cada um fizesse sua parte.
Atitudes individuais melhorarão o mundo? Desculpe mas não acredito nisso. Pelo menos não do jeito que está: limitar-se a tomar essas atitudes apenas de vez enquanto, quando são fáceis. As verdadeiras mudanças residem onde é extremamente difícil.
Vivemos um mundo de superficialidades, onde não existe compromisso. Mudanças reais só acontecem quando somos ameaçados por algo que não gostamos, seja perder dinheiro, a liberdade, etc.
Quer um exemplo? Ótimo, aqui vai um.
Quando passou a vigorar uma nova determinação que seriam retirados os avisos de radar das rodovias. Muita gente do politicamente correto chiou, esbravejou, disse que tinha o direito de ser avisado onde havia radar, etc.
Agora me pergunto: pra quê? Se a avenida, (rua, estrada, rodovia, etc) tem um aviso bem claro de que em toda a sua extensão não é permitido trafegar acima de certa velocidade, porque o motorista deve ser avisado onde existe a fiscalização?
Simplesmente porque é bonito fazer de conta que é da turma do chapéu branco, ficar consternado com os acidentes de trânsito, irritado com a falta de direito a liberdade, mas quando somos incomodados, nossos interesses pessoais (ou o que achamos que são interesses pessoais) vem acima de qualquer coisa. Simples assim.
Dramático? Cruel? Pode ser, mas verdadeiro. Em geral, você, eu e quase todas as pessoas só estamos preocupados com nosso próprio universo, nossos próprios problemas. Disse "quase", porque excessões existem, mas são raras. "Ah... eu sou diferente, sou altruísta, dou meu lugar no ônibus e separo o lixo em casa". Perfeito. Continue assim, mas reflita sobre suas outras atitudes.
Ou melhor... vamos fazer um pacto? Você finge que é "do bem", eu finjo também e acredito em você, e todo mundo vai vivendo sua farsa pessoal.