O conceito de soberania alimentar e a questão filosófica.

ARTIGO

Kiko Pardini.

O conceito de soberania alimentar e a questão filosófica.

A ONU com seu trabalho da necessidade humana a alimentação fundamentou o direito humano a alimentação, com base em relatos observados na humanidade, por exemplo, histórico da primeira guerra mundial. De 1914 a 1917 fica clara a morte de muitos combatentes em trincheira de frente na guerra, que morreram de fome, como também pela guerra, cidades, povoados e região que não conseguiram abastecimentos levando a morte pela fome muitos civis.

Hoje há no Brasil uma escalada contra a fome com existência de plano de governo com a participação de 19 Ministérios. Entre tantas formas de combate a fome institui-se o CONSEAs nas três esferas de poder, Municipal, Estadual e Federal.

Agilizando formas de combate a fome e, a desnutrição, cumprindo metas para o direito a alimentação de todo brasileiro. E dos êxitos sociais estudados e discutidos, em seminários e conferencias, que promoveu o oportunizar a emenda parlamentar, na constituição em seu artigo 6º, que trata dos Direitos Sociais, incluindo o Direito a Alimentação.

E esta emenda constitucional levou-nos a adotar a Soberania Alimentar. Partindo daqui com exemplo de até onde pode chegar o direito humano a alimentação. De forma a se manter soberania Alimentar. Vejamos então.

Quando cheguei nesta região em que moro hoje, ainda na década de 1970, existia um prato que era costume ser oferecido pelo povo de varia cidades e povoados, prato este que já não se fala mais nele. Porem com o conceito de soberania alimentar quero já sita-lo, até como exemplo, uma vez que pretendo contribuir para o retorno dele que é a “carne de lata”. Este prato, a carne de lata, na época e deva ter sido assim nos primórdios dos tempos, já que exigia quase sempre reunir parentes vizinhos e amigos para contribuir, uma vez que se abatia uma vaca ou um boi, além de porcos para da gordura do porco fritar a carne bovina, até que chegando ao ponto era inserido nas latas repletas de gorduras.

Hoje se perdeu este costume dado o ritmo alimentar imposto por supermercados e, pela aquisição das famílias de refrigeradores.

A soberania alimentar passa também ao direito indígena de comer frutos da floresta, o peixe, a carne de caça sem que tenha que comer o glúten por exemplo. E aos quilombolas, com seus costumes e, todas as famílias tradicionais.

Porem este conceito de soberania alimentar despertou em mim outra necessidade humana, o de soberania das praticas filosóficas.

Posso imaginar que com a soberania filosófica poderemos por em pratica uma existência plena, considerando toda história filosófica e seus autores.

Ou seja, o Brasil é país regido pelo pensamento cristão. E não há que eu saiba uma cidade, ou bairro Ateu. Mas isso não causa indignação ao Ateu, como ser ateu hoje, não causa indignação a nenhuma seita ou religião existe uma convivência pacífica tanto que o Brasil é Laico. Mas pensando na forma de soberania filosófica sabemos que, muitos filósofos não encontram discípulo entre Ateus. Como há Ateu como eu, que discorda de filosofo, como Nietzsche. Embora creia no devir estudado pelos pré-socráticos exposto por Parmênides, que da a força de potência a Nietzsche, no que tange no aqui e agora.

Sei que talvez não trate de uma nova ciência, como a descoberta fundamentada por Freud, com a psicanálise estudando as mulheres histéricas.

Mas o problematizar a soberania filosófica pode conceder uma grande oportunidade, para o homem de hoje. Assim como uma luz a iluminar os mistérios da existência onde a civilização poderá encontrar respostas para plenamente viver a liberdade a dignidade a fraternidade, mesmo entre os desiguais, já que os cristãos, os espíritas, o islã,..., os socráticos,..., etc. Existe possibilidades de na soberania filosófica um resgate, que de uma essência incontestável possamos promover o conhecimento e sua pratica.

Um exemplo, mesmo Ateu, como disse anteriormente tive oportunidade, de acompanhar uma das minhas filhas, a que cursava pedagogia na sua Tese. Ela que já lecionava em uma escola espírita, que tinha como base Alan Kardec, Chico Xavier, etc. Estudou os passos de Johann Heinrich Pestalozzi, e concluiu sua tese partindo das praticas exercidas na tal escola espírita que lecionava. Hoje morando em outra cidade e tendo como missão uma casa da sopa fundada por ela onde recebe as crianças que evangeliza.

E mesmo Ateu vejo isso como um marco social. Onde observei as teses e conceitos dos muitos autores destes, dos quais alguns trago algumas duvidas, porem ela creditou uma verdade no que aprendeu que usa como ferramenta filosófica tudo o que aprendeu. Ou seja, a acompanhei e, a incentivei em estudo filosófico que não acredito. E creio não ter errado com isso. Porque na soberania da filosofia cabe ética filosófica com pratica e não só como teoria do mistério da existência.

Algo a pensar do seu contrario está no Islã e, no Estado Islâmico que não respeita a soberania filosófica da minoria que se agrupa em regiões e cidades. Assim querendo nivelar tudo pela guerra e pelo terror. Logo a soberania filosófica poderá ser estudada como uma nova ciências sim, isso por acadêmicos quando introduzirem esta ideia em universidade e ou faculdades.

Francisco Carlos Pardini