ESPELHO, ESPELHO MEU! EXISTE ALGUÉM MAIS INCORRUPTÍVEL DO QUE EU?

Diante das indesejáveis notícias que são veiculadas diariamente anunciando participações de políticos e empresários nos mais sofisticados esquemas de corrupção, torna-se comum o surgimento de milhares e por que não dizer milhões de “juízes”, que influenciados pela mídia, fazem os mais severos julgamentos e sentenciam os supostos réus com penas mais duras que o próprio Tântalo.

No entanto, esses “juízes”, se fossem candidatos a uma simples CNH, certamente seriam reprovados por se esquecerem de olhar no espelho, no “espelho interno”, nos retrovisores e no próprio espelho da corrupção que reflete diante de si as mesmas atitudes de muitos que julgam sem ter a mínima moral para sequer acusar.

Senão vejamos: é ou não verdade que muitos de nós buscamos sempre um favorecimento, que por mais inocente que seja acaba por prejudicar outrem? Muitos são adeptos do famoso “jeitinho brasileiro”, porém não percebem que isso também é corrupção ainda que em pequena proporção. Mas lembrem-se: de pequenas sementes nascem grandes árvores que darão milhares de pequenas sementes e essas, por sua vez, formarão grandes florestas.

Fazendo meia culpa, entendo que o caro leitor pode estar se perguntando: teria então o “nobre” escritor moral para julgar esses precipitados julgadores? Claro que não, mas mesmo tendo pecados é tentadora a oportunidade de atirar a primeira pedra, e quando solta-se um boi toda a boiada tende a segui-lo.

Não quero dizer com isso que os culpados não mereçam punições, é óbvio que sim, e devem ser severas, mas enquanto não se apuram os fatos e não se conhece o verdadeiro peso da responsabilidade de cada um, qualquer conclusão que passe pela cabeça de um “leigo” pode ser precipitada.

Nosso país precisa, sim, de se livrar de uma vez por todas dessas mazelas, mas cabe a nós cidadãos e cidadãs fazer o “dever de casa”, limpando as nossas mentes e os nossos corações e educando os nossos filhos e filhas no sentido da verdade, da honestidade, da ética e da fé, para que possamos formar uma nova geração, que seja capaz de promover um futuro próspero e sustentável, compatível com nossos anseios e com a tão sonhada paz.

Antonio Carlos Duarte
Enviado por Antonio Carlos Duarte em 02/04/2015
Código do texto: T5192865
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