Um mero B a mais

Ganhando novo “B”

No início até dava para suportar. Eram apresentados desafios de “sobrevivência” onde cada participante deveria usar sua força, rapidez, habilidade e criatividade para vencer provas (até em terreno inóspito) em eventos que não nos ocorrem diariamente. Eu até assisti as duas primeiras edições. Até torci por alguns candidatos. Só não DOEI verba via telefone para pagar o imposto de renda da emissora.

O tempo foi passando e o programa foi tomando novo formato com mais liberdades (nossos avós diziam “saliências”) entre elementos até do mesmo sexo. Mas a ação ocorria por baixo do edredom, com iluminação mais fraca para não chocar as crianças (abaixo de 10 anos) que os pais não tiveram cuidado de tirar da sala. Que ficavam perguntando por que o edredom subia e descia a todo instante.

Agora muitos “afagos” ocorrem acima do edredom. A qualquer momento. Até os miúdos de 6 anos assistem com curiosidade ao lado dos pais que já não valorizam a educação familiar. Virou um Bordel virtual escancarado. Devido a isto, o programa merece um “B” a mais no início. Então podemos nos referir a ele como BBBB.

A única coisa que não mudou foi o apelo para que os assistentes (os que assistem) continuem doando alguns Reais por mês (conheço uma abilolada que chega a dar mais de 50 telefonemas por semana para “salvar” um “condenado”).

Com isto fica garantida a verba para ornamentar as acomodações do bordel, pagar prêmios aos participantes e ainda sobra “algum” para custear o IR.

E assim nossos herdeiros vão crescendo sem ter a noção de limites do que pode entrar em seus lares. Com a tolerância dos pais que votam “nos mesmos” que escrevem os “estaputos dos di menor” que usam tal documento para bater em Professores e portar armas letais para abusar destas famílias que se deleitam com a libertinagem exibida em telas de plasma de 64 polegadas. Com “surround 7.1”.

Nosso futuro como produtor de “escravos dos níqueis” e de “indignados por 20 centavos” está garantido.

Para satisfação dos herdeiros do podre poder.

Haroldo P. Barboza - RJ / 2015

Haroldo
Enviado por Haroldo em 23/03/2015
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