Crimes Hediondos Institucionalizados (I)
Este texto é uma resposta às centenas de e-mails que, nas redes sociais, tenho de responder. Responder há semanas, todos os dias. Para não ficar na responsabilidade de argumentar com cada interlocutor, escrevi este artigo:
Meu caro e raro leitor(a): você precisa ver que, se os militares não têm competência para administrar o impedimento da entrada de drogas em nossas fronteiras, terão competência para administrar o país? Os exércitos de zumbis viciados em crack estão presentes em todas as capitais do país. E em centenas de cidades menores.
Sei que nossas fronteiras são grandes, mas não menores do que os problemas institucionais que estão por serem solucionados. Ditadura é ditadura, intervenção constitucional militar é apenas outro nome para o processo de suspensão dos direitos civis. Militares não têm compromisso com qualidade de serviços básicos de que o país está necessitado.
Militares não têm compromisso com qualidade na educação, sem a qual nada vai mudar. Nunca. Na saúde, a situação será a mesma. Sua insegurança pública e privada tenderá a aumentar com o medo e a violência repressiva que certamente vêm com a presença deles no poder executivo.
A educação militar é baseada na hierarquia e na obediência a essa hierarquia. Não é melhor nem pior do que a educação nas escolas e universidades brasileiras. Depois, quem vai tirá-los do poder daqui a duas décadas? Ou mais?! Não se deve pensar apenas na realidade imediata à uma intervenção militar. A longo prazo, haja pano de boca para a imprensa, para os pra lamentares (que só falam abobrinhas), para a opinião pessoal sua e de seus familiares.
Enfim, se não houver IMPEACHMENT JÁ, aí sim, vamos querer e lutar em prol da intervenção militar constitucional. E você nem precisa se preocupar com isso, porque, com esse Congresso sob suspeita que temos aí, conivente com os corruPTos e seus partidos aliados, é muito, muito provável, que tenhamos de considerar seriamente a afirmativa da intervenção militar (dita) (dura) constitucional.
Eu ainda aposto na possibilidade das excelências pra lamentares acordarem do pesadelo de que estão com a corda no pescoço. É uma possibilidade a considerar, desde que eles não querem perder as enormes mordomias oficiais, tais como verbas extras de gabinete, salário de sheiks árabes, passagens aéreas gratuitas, auxílio moradia, auxílio transporte, 13°, 14°, 15° (?) salários, verbas infindáveis para infindáveis despesas, verbas para assessores, que são dezenas, férias de noventa dias, que são expandidas com as faltas em plenário da Câmara e do Senado, folgas remuneradas, outras verbas de gabinete, engraxate, barbeiro, cabeleireiro grátis, médico, dentistas e hospitais com plano de saúde pagos. E ainda recebem durante o recesso congressual.
Esses cachorros grandes vão querer soltar esse suculento osso institucional?
O que temos de fazer agora senão lutar em favor de uma Reforma Política que garanta os direitos dos eleitores brasileiros de não ficarem apenas chupando o dedo como aqueles jogadores de futebol que fazem gol contra.
Sim, porque com essa representação política e seus crimes institucionais impunes (vejam a corrupção do Petrolão que fazem de tudo para abafar e proteger seus cúmplices de CPI), que podemos esperar senão que nos prossigam a pregar sadicamente na cruz da inconstitucionalidade? Enquanto continuam impunes na tarefa incansável de nos enganar, perverter, jogar no lixo de uma educação pra inglês ver? Jogar nossa descendência no lixo da história, enquanto mandam seus filhos estudarem nos países ditos de primeiro mundo!
Os filhos deles, “de menores” os que ficam em território nacional, eles protegem, indiretamente, mantendo no parlamento, leis caducas que garantem a impunidade para crimes tais como sequestros, homicídios, crimes cometidos com requintes cada dia maiores de perversidade social impune.
Os “de menores” têm o aval do Congresso para a matança indiscriminada de outros jovens, mulheres, crianças, adultos e quem quer que seja que se apresente à frente da vontade de assaltar, roubar, e se apropriar indebitamente dos bens de terceiros para a compra de drogas ou para eventual “rolezinho” de entretenimento em shopping Center, bares ou restaurantes.