A Caminho do Social
Segundo teóricos da evolução social no mundo, “o desenvolvimento histórico das sociedades capitalistas se está processando no sentido de uma socialização progressiva”.
Sem nenhuma necessidade de apologia ao dirigente comunista Luís Carlos Prestes, lembramo-nos dele dizendo que “o mundo caminha para o socialismo”. O que aconteceu por volta da década de 80, numa reunião política no Engenho Novo, provavelmente depois de ser anistiado.
O que se pode constatar, ao menos, pela “distribuição cada vez mais igualitária dos produtos do trabalho humano, em consonância com a democratização das instituições sociais e políticas”.
De fato, os serviços relacionados à mobilidade urbana e o custo de artigos básicos de alimentação e vestuário em sociedades como a americana, por exemplo, estão ao alcance de uma parte expressiva da população nos EUA. O que não acontece em países da América Latina.
No entanto, segundo outras opiniões, não é pelo maior alcance social mostrado pelo amadurecimento do capitalismo que se vai chegar ao socialismo. Mas, sim, pela "generalização dos procedimentos que minam as condições institucionais indispensáveis à preservação do capitalismo”.
Ou seja, que “condições institucionais indispensáveis” seriam essas? Por exemplo a instituição do lucro, normalmente projetado como o maior possível, que determina a extensão e profundidade do fosso entre as classes dirigentes e mais aquinhoadas e as categorias subalternas.
Essa contradição interna de que se constitui, em que pese o seu amadurecimento traduzido pela constatação de condições de maior alcance social, não impedirá a possível condução do capitalismo ao socialismo. Em função de um acentuado desequilíbrio social que justifica a existência do primeiro. E que deverá ser combatido, até finalmente ser minimizado ou reduzido a níveis toleráveis, pelas camadas sociais inferiores.
Rio, 17/02/2015