Até Sailor Moon concorda com o Papa Francisco
ATÉ SAILOR MOON CONCORDA COM O PAPA FRANCISCO
Miguel Carqueija
A recente declaração do Papa em favor do direito que pais têm de disciplinar fisicamente seus filhos – o que evidentemente não se pode confundir com violências e brutalidades que alguns desnaturados praticam, chegando a matar suas crianças – dizem que provocou celeuma nas redes sociais, como outras palavras do pontífice, eis que hoje em dia há todo um sistema de patrulhamento de plantão, executado por cidadãos raivosos. Aparentemente, há toda uma gama de questões em que só se admite uma posição, e quem pensar de outra maneira começa a ser discriminado como criminoso. É a ditadura do “politicamernte correto”, na prática um patrulhamento ideológico de tendência totalitária.
É preciso entender que, em certas ocasiões, crianças praticam atos intoleráveis por parte de quem os cria e educa, e até ações más (como atirar pedras em passarinhos). Dar palmadas ou chineladas não vai de fato machucar a criança, mesmo que doa, e é um ato de amor. Quem ama castiga quando necessário, pelo bem da criança, mas na maior parte do tempo trata os filhos com carinho e ternura. Diferente é tratar a criança com brutalidade, e quem age assim o faz a toda hora. O fato é que esta sociedade hipócrita quer proibir as palmadas disciplinadoras, mas não impede que pais e padrastos e mães e madrastas sem escrúpulos torturem e matem seus infantes. O que a toda hora acontece.
Há um interessante episódio no desenho animado de Sailor Moon, a super-heroína japonesa que prima pela sua espiritualidade e sentimentos delicados e elevados, que serve de ótima ilustração à tese. É quando Sailor Moon aplica um corretivo em sua filhinha vinda do futuro, a Chibiusa, dando-lhe quatro palmadas fortes no traseiro, a ponto da menina chorar. Mas, não imaginam o que a criança havia aprontado: ela sedara as amigas de Sailor Moon colocando uma droga em suas bebidas (seria longo explicar porque fez isso, mas não é coisa que se admita uma criança fazer).
Ao longo de todo o seriado, creio que é a única vez em que Sailor Moon bate na Chibiusa. No restante a gente observa, sim, atitudes de amor, carinho e proteção até sublimes, da parte de Sailor Moon. As palmadas, portanto, não entram em contradição com o amor que nutre as atitudes da heroína. Também as palmadas são movidas pelo amor, que quer ver prevalecerem as coisas certas e não as erradas.
Os pais que sabem disciplinar seus filhos na dose certa são em geral os mais zelosos e amorosos, aqueles “liberais” que deixam fazer tudo e ainda tomam as dores dos seus quando eles prejudicam os outros... estão preparando futuros marginais.
O Papa Francisco está certíssimo. A contra-cultura (para a qual seria mais aceitável que os filhos batessem nos pais), o liberalismo, a ideologia do “politicamente correto” não têm nada a oferecer, para a melhoria do mundo, que supere os valores tradicionais.
Rio de Janeiro, 8 de fevereiro de 2015.
imagem: o abraço de dois grandes papas (Francisco e Bento XVI)
ATÉ SAILOR MOON CONCORDA COM O PAPA FRANCISCO
Miguel Carqueija
A recente declaração do Papa em favor do direito que pais têm de disciplinar fisicamente seus filhos – o que evidentemente não se pode confundir com violências e brutalidades que alguns desnaturados praticam, chegando a matar suas crianças – dizem que provocou celeuma nas redes sociais, como outras palavras do pontífice, eis que hoje em dia há todo um sistema de patrulhamento de plantão, executado por cidadãos raivosos. Aparentemente, há toda uma gama de questões em que só se admite uma posição, e quem pensar de outra maneira começa a ser discriminado como criminoso. É a ditadura do “politicamernte correto”, na prática um patrulhamento ideológico de tendência totalitária.
É preciso entender que, em certas ocasiões, crianças praticam atos intoleráveis por parte de quem os cria e educa, e até ações más (como atirar pedras em passarinhos). Dar palmadas ou chineladas não vai de fato machucar a criança, mesmo que doa, e é um ato de amor. Quem ama castiga quando necessário, pelo bem da criança, mas na maior parte do tempo trata os filhos com carinho e ternura. Diferente é tratar a criança com brutalidade, e quem age assim o faz a toda hora. O fato é que esta sociedade hipócrita quer proibir as palmadas disciplinadoras, mas não impede que pais e padrastos e mães e madrastas sem escrúpulos torturem e matem seus infantes. O que a toda hora acontece.
Há um interessante episódio no desenho animado de Sailor Moon, a super-heroína japonesa que prima pela sua espiritualidade e sentimentos delicados e elevados, que serve de ótima ilustração à tese. É quando Sailor Moon aplica um corretivo em sua filhinha vinda do futuro, a Chibiusa, dando-lhe quatro palmadas fortes no traseiro, a ponto da menina chorar. Mas, não imaginam o que a criança havia aprontado: ela sedara as amigas de Sailor Moon colocando uma droga em suas bebidas (seria longo explicar porque fez isso, mas não é coisa que se admita uma criança fazer).
Ao longo de todo o seriado, creio que é a única vez em que Sailor Moon bate na Chibiusa. No restante a gente observa, sim, atitudes de amor, carinho e proteção até sublimes, da parte de Sailor Moon. As palmadas, portanto, não entram em contradição com o amor que nutre as atitudes da heroína. Também as palmadas são movidas pelo amor, que quer ver prevalecerem as coisas certas e não as erradas.
Os pais que sabem disciplinar seus filhos na dose certa são em geral os mais zelosos e amorosos, aqueles “liberais” que deixam fazer tudo e ainda tomam as dores dos seus quando eles prejudicam os outros... estão preparando futuros marginais.
O Papa Francisco está certíssimo. A contra-cultura (para a qual seria mais aceitável que os filhos batessem nos pais), o liberalismo, a ideologia do “politicamente correto” não têm nada a oferecer, para a melhoria do mundo, que supere os valores tradicionais.
Rio de Janeiro, 8 de fevereiro de 2015.
imagem: o abraço de dois grandes papas (Francisco e Bento XVI)