Lei Seca
Mesmo com o advento da Lei Seca, muitas mortes ainda têm ocorrido em todo o país, em decorrência de bêbados ao volante. Esta semana, numa avenida paralela à rua em que moro, mais uma tragédia ocorreu, comprovadamente por embriaguez de um irresponsável motorista. Ele, o infrator, escapou ileso, enquanto o correto, o disciplinado, o do outro veículo, teve morte instantânea. Sofreu o abalroamento em forma de “T”, num cruzamento, cujo sinal estava livre para ele e fechado para o bêbado. Pela velocidade que vinha, ficou caracterizado que ele não parou em nenhum dos semáforos da avenida, pois, se assim o tivesse feito não poderia estar naquele cruzamento a 170 km/h, conforme constatação da perícia e do próprio velocímetro travado nesse ponto. Uma verdadeira “roleta russa”.
Acho que deveria haver maior rigor quanto ao cumprimento da Lei Seca, agindo de forma preventiva e não apenas punindo o infrator depois do ocorrido.
Todo o mundo sabe que ninguém vai aos barzinhos para rezar. A fiscalização deveria atuar nas saídas desses lugares e não apenas em Blitze em pontos aleatórios. Ainda há o temor de abordar aqueles que estão em “carrões” à frente dos bares e restaurantes. E são exatamente esses que causam danos à sociedade, porque, mesmo cometendo crimes, podem contratar bons advogados para defendê-los. E, como diria o personagem de Chico Anysio, o Justo Veríssimo, “POBRE QUE SE EXPLODA”.
Está na hora de valorizar mais o SER do que o TER. Afinal, estamos em pleno século XXI, a era do conhecimento, não mais do trabuco do coronelismo.