EGOÍSMO E TOLERÂNCIA
EGOÍSMO E TOLERÂNCIA
Somos botões viçosos de espinheiros fortuitos não nascemos com destino gratuito, precisamos regar adubar e melhorar, nosso jardim, nosso coração, enfim de rosas, papoulas e jasmins. Precisamos nos livrar do egoísmo e conter a intolerância, pois somos normais, além de hominais somos normais, mas a nossa imperfeição pode nos levar a caminhos tortuosos em verdadeiros desalinhos. Do francês égoisme representa o amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios.
Exclusivismo que faz o indivíduo referir tudo a si próprio. Filáucia, orgulho, presunção. Doutrina que considera como princípio explicativo dos preceitos morais, e como princípio diretor da conduta humana moral, o interesse individual. Amor exclusivo e excessivo de si, implicado na subordinação do interesse de outrem ao seu próprio. Tolerância deriva do latim tolerantia, qualidade de tolerante, ato ou efeito de tolerar.
Pequenas diferenças para mais ou para menos, permitidas por lei no peso ou no título das moedas. Tendência a admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferem dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos. Diferença máxima admitida entre um valor especificado e o obtido; margem especificada como admissível para o erro em uma medida ou para discrepância em relação a um padrão.
Incapacidade, por parte de um indivíduo, de desencadear, em face da exposição a antígeno, a resposta imunológica que esse antígeno provoca em outros indivíduos; imunoparalisia. Capacidade de tolerar, sem efeito danoso para o organismo, doses de medicamento mais altas do que as habitualmente suportáveis. Diminuição de efeito de uma droga usada em caráter permanente e em doses inalteradas. As sinonímias são diferenciadas visto que existem muitas nuanças na etimologia de todas as palavras.
Na verdade nós seres humanos somos tolerantes, dependendo do que venha acontecer, se algo ferir a nossa dignidade, a nossa afeição poderá usar naturalmente o instinto como defesa. Nossa tolerância é diretamente proporcional ao nosso entendimento. Quanto mais entendido o ser humano é, com certeza ele será mais tolerante. Mais tolerância, mais entendimento, menos entendimento, menos tolerância. A porta da felicidade tem como tranca a intolerância. Somos críticos por natureza.
Indignamos-nos com as falhas do nosso próximo e para essas falhas só existe um antídoto, o perdão. O Céu no seu esplendor tem querubins, serafins, operários da luz, nos traduzem amor, fraternidade, que a caridade reluza nossos corações, ante a luz da prece. Levam-nos ao amor e ao perdão que fenecem, as agruras da vida, perdida, esquecida, reduzem problemas, sofrimentos, num ato de fé.
Somos críticos mordazes das deficiências alheias, antes mesmo de ouvir os argumentos já estamos pensando em revide. Ausência de amor no coração como nos ensina em suas reflexões Lourdes Carolina Gagete. Não toleramos o menor atraso, o menor descuido, o mais insignificante erro do nosso próximo. O egoísmo mata, mas a tolerância salva. O amor nunca faz reclamações; da sempre. O amor tolera; jamais se irrita e nunca exerce vingança. (Mahatma Gandhi).
A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob (ângulos) diversos. (Mahatma Gandhi). No mundo atual a facilidade com que autoridades governam suas nações, seus países e estados fazem com que a administração do dinheiro público seja um atentado para eles.
Se não houver discernimento aliado à honestidade com certeza a intolerância predominará sobre a tolerância, surgirá então aquilo que nominamos a desgraça do mundo, o mundo cão, o mundo da corrupção. Enquanto não aprendermos a perdoar - não só de boca, mas de coração - jamais seremos felizes. O egoísmo habita na imaturidade da alma. Podemos afirmar que é o pai de todas as desgraças do mundo.
Enquanto, nós queremos nos manter limpos os que nos defendem preferem a corrupção que os deixam sujos e imundos. Além de lutarmos para levar uma vida bem melhor, mais humana e dentro dos padrões legais, sempre guardamos em nosso ego várias sementes de egoísmo.
A nossa altivez é sabermos controlar o egoísmo que existe em nossos corações.
A vida é composta de sonho e realidade, o sonho sem realidade é uma fuga frustrante e alucinante, o sonho recompondo-nos, alimentando-nos, na realidade realizamos e executamos ou vivenciamos. A realidade sem sonho é como se a vida fosse cheia de entraves nos levando ao compasso dos entraves e preocupações aliada as amarras. Em nosso entendimento, mesmo com as observações aqui inseridas, tanto o egoísmo como a tolerância podem ser positivos e negativas.
O egoísmo, chaga da humanidade, esse filho do orgulho é causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens. O egoísmo é irmão do orgulho e procede das mesmas causas. É uma das mais terríveis enfermidades da alma, é o maior obstáculo ao melhoramento social. O egoísmo é a persistência em nós desse individualismo feroz que caracteriza o animal, como vestígio do estado de inferioridade pelo qual todos já passamos.
O egoísmo é o maior inimigo da felicidade. A tolerância é o fruto da caridade que constitui a base da Doutrina Espírita, lhe impõe como um dever respeitar todas as crenças. Não consiste na indiferença, ela prescreve o respeito às crenças, aos gostos, e tendência dos outros. A tolerância o obriga (o indivíduo) a considerar os outros como a si mesmo e a fazer-lhes tudo aquilo que lhes possa convir.
A indulgência, a condescendência em relação a outrem, seja de referência às suas opiniões ou comportamentos, ao direito de crer mo que lhe aprouver, pautando as suas atitudes nas linhas que lhe pareçam mais compatíveis ao modo de ser, desde que não firam os sentimentos alheios, nem atentem contra as regras da dignidade humana ou do Estado, constitui a tolerância.
É a medida de enobrecimento a revelar valores morais e ascendência espiritual. A tolerância para com os superiores e subalternos, colegas e associados, familiares e amigos íntimos é o recurso da vida em que se nos erige o metro do burilamento moral. A tolerância é, acima de tudo, completo esquecimento de todo o mal, com serviço incessante no bem. É a porta valiosa para que você demonstre boa vontade, ante companheiros menos evoluídos. Tiram a prova e a contraprova e veja se compensa conviver com seres humanos egoístas, ou será melhor tratá-lo com tolerância. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.