MÃE DE QUALQUER IDADE
Mãe de qualquer idade, as vezes e quase sempre passa por momentos que não gostaria.
Mãe é responsável por colocar o filho no mundo, por alimentá-lo, por mostrar o caminho.
Mãe não é responsável pelos desvios, por que mãe não é Deus onipresente que fica 24 horas no controle dos atos e dos pensamentos.
Mãe, desde que o filho saiu da barriga e cortou o cordão umbilical, o mesmo começa a ir, a desgarrar, a pensar, procura a independência, começa a praticar atos próprios, que não são de responsabilidade da mãe.
Mãe tem as vezes que ser dura tentar por limite, mas tentar por limite nem sempre é conseguir o resultado do limite imposto por que o cordão umbilical já foi rompido desde o nascimento e um ser foi colocado no mundo e ao mundo pertence.
Mãe só pode caminhar junto quando possível, dar exemplo e esperar que o filho(a) veja o exemplo, falar, pedir, implorar as vezes que o filho escute, atenda, mas a mãe não vive a vida do filho, o filho é do mundo.
Mãe gostaria, disso, daquilo, mas querer não é ter, a vida do filho é autônoma, segue os próprios passos, e quando mais vive, quando mais erra mais aprende, só se aprende errando, pois quem acerta não é notado, e os acertos por ser obrigação não ensina nada, só que a vida passou e não deixou sequelas.
Mãe, os erros na maior parte das vezes são as melhores coisas que podem acontecer, ninguém quer que os erros sejam cometidos, mas somente com eles acontecendo é que aprendemos qual caminho devemos seguir, reconhecer o erro próprio é sabedoria, mas reconhecer o erro dos outros pra nada serve, pois só quem errou pode mudar.
Mãe a única coisa que se pode fazer é viver uma vida exemplar, mostrar caráter como com certeza tem feito, o resto pertence ao mundo, o mundo é que molda. Se não deu mau exemplo não é responsável pela atitude dos filhos, pode pela lei ser responsável financeiro, mas é só, o futuro a Deus pertence.
Sei que não é dia das mães, mas todas as mães precisam de oração as vezes e quando elas vem as vezes conforta e é para isto que serve.
Mãe viva como mãe é uma “dádiva”, não queira que está dádiva conserte o mundo, nem o filho que colocou no mundo, apenas vigiai, quando puder indicar o caminho faça, mas não espere que o caminho seja seguido, não fique triste se o caminho não foi o indicado, pois o filho do mundo tem o direito de caminhar pelos caminhos do livre arbítrio, tem o direito de ser testado, tem o direito de sofrer as consequências dos atos que praticou.
Mãe nunca se culpe pelos atos de outros nem mesmo dos filhos, apenas viva como mãe, tenha carinho, nunca deixe de ter carinho pelo filho(a) mesmo quando este erre, pois ter carinho não tem a ver como aprovar ou não o ato, ter carinho é mostrar que existe um porto seguro, que existe uma família, ter carinho é dizer, o erro não foi aprovado, mas a relação mãe e filho é um vinculo que não se rompe porque mesmo que o cordão tenha sido cortado com o nascimento, mãe e filho(a) são para sempre. Estreladamantiqueira nov/2014