Convicção e chateação (de ideias)
A convicção pessoal de cada indivíduo sobre determinado tema é algo grandioso em termos de convivência humana. Tais pontos de vistas são lastros de resolução para determinado problema. É o debate quem aprofunda as idéias. Não fosse elas não existiria a solução.
A convicção com base em elementos sólidos rompe a trajetória do caminho. Convence da existência de erro.
Entretanto não se deve confundir convicção com chateação de idéias. A convicção traz como ingrediente a persuasão através de raciocínios lógicos. Já a chateação (de idéias) vem da insistência desnaturada de querer convencer com métodos repetitivos que ao invés de levar ao debate leva à discórdia. A chateação (de idéias) é um desnível do eixo do debate. O tema torna-se viciado quando abordado com reincidência, haja vista que não se deve bater em uma pedra com uma pena. Só a marreta é capaz de rompê-la.
Assim, aquele sujeito que abre mão de discutir assuntos simples, do cotidiano, para falar só em sua doutrina religiosa acaba por saturar o debate. O mesmo se fala quanto à política. O ouvinte acaba se perguntando se aquela pessoa não tem nem mais nada a fazer e o interlocutor perde a atenção sobre o assunto objeto de repetição.
A sabedoria ensina que os seres humanos são avessos às repetições. Somos seres dinâmicos. Gostamos de coisas novas. Especialmente quanto às idéias. Por isso aquele professor que possui métodos robotizados é menos apreciado pelos alunos. O receptor gosta do professor articulado, cheio de novidades, que oferece dados interessantes em sua palestra, mesmo que no meio da aula conte uma piadinha para que o aluno volte a se interessar pelo que fala.
Portanto, amigo, você que costuma ficar pulando no mesmo galho e deixa de explorar outros locais da árvore majestosa saiba que essa sua opção vai deixar o galho sujo, como fica o galinheiro, especialmente no local onda dormem as penosas.