A vida é um jogo

Quantas vezes nos pegamos pensando acerca da vida, se é justa ou injusta? Parece que a resposta não vem, teima em se esconder e nossa dúvida se torna contínua. Saber vive-la presume não possuirmos uma inteligência comum, mas uma sabedoria divina.

Compositores musicais, escritores e muitos intelectuais recorrem ao argumento metafórico de que a vida é um jogo. Uma situação em que as regras não claras nem objetivas. A vitória é incerta e depende das estratégias pessoais. É um jogo injusto no qual muitos recebem gratuitamente a senha do sucesso. Realmente somos tentados a acreditar nisso, no paradigma do sucesso e da derrota e que nos leva a crer que o sucesso está pronto para alguém.

Vivemos em um país onde a corrupção atinge patamares alarmantes, corroendo a sociedade e a nação como um todo seja financeiramente ou psicologicamente. E os corruptores e corrompidos ficam impunes, deduz-se daí que de certa forma obtiveram êxito. Será isto justo? É a vida justa? Paralelamente observamos que uma parcela maior da população conquista a vitória via trabalho duro, muito tempo de estudo e dedicação àquilo que faz. Contudo, isto não é uma norma. É notório que demais pessoas – que compõem a minoria – vencem na vida trapaceando o próximo, na base do custe o que custar!

Podemos ver e entender a vida sob o prisma espiritual. A Bíblia nos traz informações que remetem àqueles que obtêm riqueza e glória no âmbito terreno. O apóstolo Tiago no capítulo 5 adverte: “Agora, ricos escutem! Chorem e gritem pela desgraça que vocês vão sofrer”. É como se seu juízo iminente já estivesse sendo derramado. Deus não condena a riqueza, mas o mau uso do dinheiro e o amor ao mesmo.

Quero enfatizar que neste jogo da vida não apenas a riqueza está em questão, entretanto tudo que diz respeito a pessoa: Beleza, posição social e talentos. Se Deus distribuiu de forma igualitária a sabedoria, a capacidade psicológica, física e mental para todos conseguirem o sucesso almejado. É uma reflexão que fazemos...

Nesse jogo resta-nos a esperança de dias melhores. Podemos nos reportar ao Velho Testamento quando Deus responde ao profeta Habacuque. Um período em que a Babilônia cheia de prosperidade e orgulho celebra a prosperidade, vendo Deus a indignação do profeta com tal situação o acalmou: “Confie no Senhor e espere um pouco mais” (HC 2:2-4).

Temos enfim que entender a vida neste contexto avaliação de um jogo pelo qual se tornou a vida em todos seus aspectos. Não devemos aceitar as injustiças, não sendo vítimas dela. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio não sendo vítima muito menos causador de injustiças. É imprescindível denunciá-la e receber a vitória com esforço e sabedoria, e é fato que é uma luta aparentemente simples para alguns e extremamente árdua para outros. Ser feliz é o nosso objetivo. A felicidade é desta forma, a palavra-chave nisso tudo.

Será que somos bons jogadores nesse processo? Pelo que já expomos é significativo usarmos todo nosso entendimento para não ser passado para trás e conseguirmos chegar “na bandeirada final” sem perder a cabeça e em muitos casos acontecer o suicídio. Que Deus nos guie nesta jornada e que a vida não seja sempre este jogo de “cartas marcadas”. Quem sabe visualizar uma solução divina seja mais viável, lembrando a solene promessa de que os humilhados serão exaltados, os injustos pagarão pelos seus pecados e a batalha entre o bem e o mal findará.