REFORMA POLÍTICA? PRA QUÊ ?

Nas últimas horas as discussões se polarizaram no resultado das Eleições de 2014.Uns comemoraram, outros choraram e muitos outros cruzaram os braços num movimento silencioso de não comparecer as URNAS. A primeira fala da Presidente reeleita Dilma Roussef é pautada na questão da Reforma Política que deve entrar em curso já no próximo ano. Entendo que há um clamor em torno desta questão e é neste ponto que eu apoio o meu discurso de que a Reforma Política não vai resolver nossos problemas.

Antes é preciso que o Brasil foque na Área da Educação que esta sucateada, segregada e atolada em problemas de execução.

Hoje vemos que as escolas existem como prédios físicos para comportar os estudantes num certo período de tempo de sua vida com a função apenas de transmitir o básico para atender o mínimo que o mercado de trabalho exige. A Intenção é passar instruções básicas do mundo ao estudante para que este esteja apto a se virar no mundo desigual que vivemos. Seguindo esta sequência de pensamento temos as escolas técnicas que absorvem grande parte dos estudantes e servem para moldá-los e enviá-los ao mercado de trabalho, em geral a indústria. Logo em seguida temos as universidades que capturam boa parte desses jovens e o corrompem com didatismos baratos e rasteiros a fim de lhe dar uma suposta “qualificação”. Hoje se observa que as tantas facilidades em entrar no Ensino Superior transformou diversas Universidades e Faculdades em máquinas de imprimir diplomas. É A Educação servindo ao processo capitalista em sua grande tese. Resumindo a área da Educação hoje é uma fabrica de fazer operários.

Entendo que o País precisa de trabalhadores para as mais diversas áreas, mas como explicar que um País que financia a Educação precisa recrutar profissionais de Saúde em outras nações para o Programa MAIS MÉDICO? O que dizer desta incessante tese do Programa Ciência sem Fronteiras? Por que há uma americanização da nossa Educação?

A Resposta é simples: Basta ir à Raiz do problema; A Emenda MEC-USAID de meados da década de 60 que exclui disciplinas que devem ser obrigatórias ao estudante e faz com que o ensino em si seja num modelo quadrático e usurpador.

Somos enganados e roubados desde pequenos, a Escola que deveria ser um ambiente de discussão de ideias e aprimoramento do ser se torna um ambiente hostil com DISCIPLINAS, GRADES, PROVAS, HORÁRIOS, INTERVALO, TAREFAS, REGRAS e afins. Neste REGIME de ter que AVALIAR um aluno e atribuir uma NOTA a este para atestar seu conhecimento a cerca de um assunto é totalmente inaceitável, sendo que de fato o Estado não dá as condições humanas e de liberdade necessárias para que o aluno aprenda a assimilar o mundo a sua volta. São estes termos colocados em letras maiúsculas que aprisionam e fazem com que haja a desigualdade social e o desvio de conduta, mas que com o passar do tempo se tornou comum e meramente aceitável. Não há questionamento.

Enquanto ficarmos refém desta doutrina, não adianta fazer Reforma Política sob a pressão do Povo. Primeiro faça valer a Democracia e faça valer a Educação para Todos.

A EDUCAÇÃO é muito falha e usa métodos abstrativos para tentar passar alguma coisa.

Fazer Reforma Política para atender ao povo é antes de tudo assegurar-se no poder e a este mecanismo adjetivo de “Pax Romana”, dar ao povo o que querem para não ficar contra o governo.

No fim das contas sinto que se caso de fato essa Reforma sair do Papel em 2015 vai ser na base do “Clientelismo” e tudo acabará em Pizza, assim como foi a Lei da Transparência e a Ficha Limpa.

Falcone
Enviado por Falcone em 28/10/2014
Reeditado em 28/10/2014
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