É Tetra: Lá Vai O Brasil Descendo A Ladeira (II)
Eles, políticos da situação, acreditam que já fazem demais lançando os trinta dinheiros do BF para que essas famílias se mantenham caladas e escovando os dentes após ingerir o conteúdo da panela de feijão. Eles, eleitores, têm de ficar calados e aceitarem essa condição maquiavélica humilhante e degradante, de cabeça baixa e estômago forrado de feijão com farinha. E os políticos da suposta oposição não exploram essas traquinagens institucionais, simplesmente porque estariam fazendo a mesma coisa estivessem eles no poder. Pelo poder.
A disseminação dessa miséria institucional (material, emocional e supostamente intelectual) lança não apenas os lullinhas amestrados na condição social de futuros marginais que vão disseminar o horror da violência e da degradação moral aprendida nas escolas do ensino fundamental e médio (geridas pelo BF). Essa política institucional lança toda a sociedade, em todos os seus estratos de renda e condição social, no nivelamento emocional por baixo disseminado nas programações TVvisivas e nos bailes funk das periferias e das zonas centrais das cidades. Onde rola de tudo um pouco. Onde rola de tudo um muito. Inclusive homicídios cada vez mais frequentes.
A violência em estado pulsional está a viger nas vielas, praças, bares, instituições bancárias, shoppings, paradas de ônibus, cinemas, teatros, restaurantes, supermercados nas avenidas das cidades aterrorizadas pelas hordas de bárbaros educados pelo programa de distribuição de renda e educação modelo BF.
E os políticos da suposta oposição não estão nem aí para a vigência de uma discursividade que permita ao eleitor acreditar não apenas nas intenções, mas na possibilidade de mudança desses paradigmas políticos e institucionais vigentes na sociedade dita globalizada pela tecnologia via satélite, mas que afirma todos os dias, a pulsão paleolítica de seus candidatos a cargos majoritários na política do besteirol discursivo e da corrupção institucionalizada.
Enquanto isso, nas escolas do BF o equilíbrio da lata não é brincadeira, na bola, no samba, na sola no salto, da sua escola, passista primeira, enquanto a mulata descendo a ladeira a todos mostrava naquele momento a força da mulher brasileira... Lá vai o país descendo a ladeira, como diria o Morais Moreira.
Quem, em sã consciência, vai acreditar nas boas intenções da presidente reeleita, vestida em seu modelito paletó branco, sugerindo o véu e a grinalda do casamento institucional com os 51 milhões de votos da suposta oposição? A simbologia política desse gesto de “boa vontade” é de um cinismo simplesmente demencial. Ela, que promoveu ou permitiu que seus elogiados militantes de rua promovessem a mais sórdida campanha nas redes sociais, quer “unir o país”? Conta outra!
Unir o país nessas condições de morbidez institucional prodigalizada pelos escândalos de corrupção todos os dias, seria unir o país nas condições políticas que permitiram Adolf Hitler liderar a Alemanha na década de 30 do século passado até o final da II Grande Guerra. Não é possível que a oposição caia nessa onda. Nessa “onda” de nivelar todos os eleitores de oposição às intenções de permanência no poder pelo poder permitida à presidente pelos 54 milhões de votos de seus lullinhas amestrados.
A simples menção dessa possibilidade é de uma temeridade socialmente atemorizante. O partido de Lulla Gullag e seus “lullinhas amestrados” ficaria no poder político tanto quanto ou mais tempo que o PRI no México ficou no poder pelo poder durante nada menos de 71 anos. E ainda se dizia cinicamente o Partido Revolucionário Institucional. Bem ao gosto da democracia planejada por Lulla Gullag e seus “Lullinhas amestrados” que planejam ficar no Palácio de Versalhes do Planalto Central por tempo igual ou semelhante ao do PRI. É o Brasil mexicanizando-se.
Em fevereiro tem carnaval: A Grande Irmandade da Malandragem Política Nacional vai desfilar no próximo carnaval na Marquês de Sapucaí, sob a sonoridade globalizante das baterias das escolas de samba das cuícas, pandeiros, chocalhos e sons agudos do tamborim:
A batucada dando show no asfalto enquanto lá de cima do camarote da cerveja da hora, lá de cima da Torre Eiffel, o Chico Malandro vai estar se refestelando com a paisagem da alegria das escolas, vendo sorridente as lambuzadas morenas e o passo bailarino da porta-bandeira girar-girar, enquanto Chico Malandro sorri, tendo o Paulo Coelho do lado, todos com o paladar de caviar na língua molhada e os lábios sorridentes de Moët & Chandon.
E lá vai o Brasil descendo a ladeira! E como vai rápido! Afinal, pra baixo todo santo ajuda!