É "EBOLA", NÃO É BOLA, NÃO!
ENSAIO DA OPINIÃO
Hoje, brasileiros acordamos com algumas notícias estarrecedoras e preocupantes.
Tão preocupantes que não temos como separar o status bombástico das revelações dos tristes bastidores políticos do nosso país com o rescaldo social que se descortina sob nossos olhos perplexos, aos olhos daqueles que entendem que já perdemos muito... mas ainda temos muito mais a perder.
Meu raciocínio é algo como decifrar o "nexo causal" entre a negligência com o todo e o crônico e holístico sofrimento do brasileiro.
Impossível não identíficá-lo mesmo sem lupas!
A imprensa noticia que o primeiro caso suspeito de infecção pelo vírus EBOLA ocorre no Paraná.
Obviamente que nós e o mundo todo nos preparamos logisticamente, cada qual do seu jeito, para enfrentar a doença de tendência pandêmica, vale lembrar que o mundo globalizado globaliza ganhos e perdas, alegrias e tristezas, felicidades e descontentamentos, todavia, o que preocupa é olhar para o cenário da saúde pública no Brasil e ainda ficar confiante de que realmente temos pernas para enfrentar a onda de síndrome hemorrágica febril que o vírus pode propagar e que mata em proporção tsunâmica.
A Dengue perto da Ebola é carinho de mãe.
Pessimismo? Não, infelizmente realidade, é só ver os números do noroeste da Àfrica e entender como a infecção faz suas vítimas letais.
O que chama a atenção é que sequer o países de primeiro mundo estão tranquilos frente ao problema tão sério.
Identificar temperatura das pessoas antes dos voos parece algo estranho...do ponto de vista científico.
Nossas autoridades sanitárias dizem que temos condições de enfrentamento já estabelecidas, e claro, ninguém diria o contrário, principalmente sobre algo que está sob sua responsabilidade de controle.
Ainda bem que estamos preparados.
Bem, pensar no todo do mundo de hoje realmente é se voltar às previsões bíblicas desses tempos que já chegaram.
Cenas que nos chegam pela imprensa globalizada assustam até o mais insensível dos seres apolíticos.
Ebola, terrorismo surreal, fome, adversidades climáticas, as inacreditáveis cenas do sofrimento do povo Curdo pelo oriente médio, tudo isso, ainda não é suficiente para que alguns políticos coloquem a mão na consciência e parem de lesar seus povos.
A despeito dessas doenças infecciosas que não poupam ninguém, nem os donos do mundo, nos transformando a todos em igualdade de suscetibilidade da vida, ao menos isso, penso que a pior doença que atinge o planeta é a PSICOSE IDEOLÓGICA, doença que faz vítimas em nome das razões que a própria razão desconhece: o Homem subjuga o seu igual e o condena a todas as mortes possíveis.
A pior delas? A morte da esperança, aquela virtude que ressuscita até a morte do amor fraterno.
Pensemos e oremos muito, porque tudo indica que chegamos ao fundo do poço, nós e o mundo.
E fica difícil acreditar que sozinhos conseguiremos reverter o estrago da nossa própria mão sobre nós mesmos.
Ecumenicamente rogo: que Deus volte seus olhos sobre a Terra.