SOCIOCRÍTICA
HISTÓRIA 

[Estágios: guildas, Igreja, Inquisição e corporativismo]
 

A HISTÓRIA TEM TRÊS ESTÁGIOS: NO PRIMEIRO NOS ENSINAM A CRER NA PRÓPRIA HISTÓRIA, NÃO CONTESTÁ-LA E DEVOTAR-NOS AOS HERÓIS E À PÁTRIA, INCLUI-SE "O QUE GOSTARIAM QUE NÃO SOUBÉSSEMOS"; SEGUNDO, POSSIBILIDADE DE INQUIRIR (JÁ EM NÍVEL SUPERIOR), CONTESTAR (E ARCAR COM TESES), E DISCUTIR COM EMBASAMENTO ALICERÇADO; E, TERCEIRO, PESQUISAR SERIAMENTE A VERDADE; (TRATA-SE DE HISTÓRIA DA HUMANIDADE E PASSÍVEL DE SER REESCRITA E USADA EM PLENA LIBERDADE ACADÊMICA), NESTA FASE NÃO PODEMOS E NÃO DEVEMOS, ACEITAR IMPOSIÇÕES DE "NOS ENFIAREM GOELA ABAIXO" PROPAGANDAS DE MENTIRAS REPETITIVAS, COM O FITO DE CONFIGURAR-SE - AOS INCAUTOS - EM UMA VERDADE. O CHEFE DA PROPAGANDA POLÍTICA DE HITLER FEZ ISSO, E DEU NO QUE DEU.
 
Entram aqui as estórias oriundas em especial da política em todo seu alcance de definição, e, em todos os tempos, das guildas (hoje sindicatos) e  da Igreja desde a Idade Média, em que os menestreis  - a midia da época -  se incumbiam de disseminar; pior, as corporações tomavam-na para si, se lhes aprouvesse e lucro touxesse. Sendo que devem observar, que quando se fala de Igreja, fala-se de uma ÚNICA e SÓ Igreja, pois a divisão da mesma só veio se dar em 31 de outubro de 1517 - apenas 17 anos após o descobrimento do Brasil.

Tal afirmação é para refutar e revogar, questiúnculas dogmáticas e doutrinárias, nada tendo a ver com a fé e seus desígnios. Tem a ver com a política a gerir princípios. A Política da Igreja com as Cruzadas, que desembocaram nos Templários, que amealharam tesouros saqueados. O papapado individadado para com a instituição de monjes guerreiros, enaltecidos, eudeusados, santificados, estes foram perseguidos, torturados, mortos e queimados por acusação de: blasfêmia, homossexualismo, rituais satanizados (bebiam vinho num crânio humano) até queimarem vivo o último Grão Mestre Templário Jacques De Molay. Qual a razão, apossar-se das muitas e ricas posses dos Templários, e transferir aos aliados e controláveis Hospitalários. As posses dos Monjes Guerreiros, contavam com muitos e grandes castelos, muito ouro, muitas terras, cidades, tesouros. A História chega a registrar que os Templários foram o primeiro"BANCO" do mundo e também os primeiros a dar "carta promissória" (hoje nota promissória), tal a organização e riqueza da ordem de cavalaria, composta de nobres ricos, e mais o produto das pilhagens e saques, decorrentes das guerras.

OS "ESTORIADORES" CORPORATIVOS USAM TERGIVERSAR SOBRE OS FATOS, VERSANDO-OS AO SEU FAVOR.

DEUS QUE É DEUS DEIXA A HISTÓRIA FLUIR SEM   ALTERAR O PASSADO COMO FOI. OS HISTORIADORES SÃO MAIS REAIS DO QUE DEUS, - ELES A ALTERAM .

OS ESTORIADORES (COM VIVO INTERESSE EM SUAS  ÁREAS AS TORCEM E DILUEM  DERRAMANDO-AS EM MOLDES QUE LHES PRODUZAM  IMAGENS A SEU CONTENTO, PARA QUE AS GERAÇÕES FUTURAS, LHES PRESTEM DEVOÇÃO. UM TÊNUE FIO DIVIDE UM HERÓI DE UM SANTO OU MISTIFICADOR.

Para não ser prolixo nem polemizar nada, de uma maneira até conhecida por quem gosta de literatura, eis um exemplo de fabricação de estórias cantadas em versos e em prosa e divinisada, que acompanha "O Assim Caminha a Estória". Há quem diga, nas cercanias onde pesquisei, que a Idade Média foi o período mais SANTO da História da Humanidade...

Os viajantes, podem contar o que viram nas masmorras da Abadia-Castelo, do Monte de Saint Michel na França? 


Liv Ulmann estava lá há anos atrás, convidada por uma equipe francesa e atuou em um filme-documento de origem franco-americana de longa metragem , fantástico:  "O PONTO DE MUTAÇÃO" - a naturalidade das cenas ressaltaram-se não tendo havido parada de movimento dos visitantes. Os dois personagens masculinos chegam ao castelo-abadia antes da maré subir e tornar o monte uma ilha. Um dos locais [entre os muitos de Saint Michel] foram focalizadas de forma privilegiada as masmorras, com sua sala de torturas. Impressionante a conservação e o funcionamento dos instrumentos de tortura.  E este é apenas um dos milhares de locais. Cada castelo tinha seu aparato de tortura, cada prisão, cada abadia ou convento e monastérios.
Importa muito o diálogo entre os personagens, que nos leva a esclarecer a nós próprios o mecanismo da história da vida a partir da Idade Média, passando pela renascença aos dias atuais.

http://youtu.be/7tVsIZSpOdI - "O PONTO DE MUTAÇÃO - O FILME


Catedrais góticas-medievais tinham suas masmorras. Além de outros locais externos e, defronte a eventuais construções ou fortalezas. Bons locais usados como sítio para as forcas, as decapitações a espada ou machado, e, os largos e praças para as famosas e queridas fogueiras santas dos inquisidores, as quais davam grande presença popular, uma espécie de IBOPE para a Igreja.  Acreditavam ser uma resposta eficaz e ameaçadora para os "hereges".

Alíás, na idade média os clérigos incentivavam até os "pidões" (mendigos, aleijões, etc) que rondavam como cães sem dono os conventos, os quais vendiam até a alma por um bocado de angú de farinha na água, para apontar-lhes hereges, adoradores de satanás. Claro, os pidões entregavam qualquer um. Se o desejo sádico dos Inquisidores fosse por execução de uma mulher - que em longas sessões de interogatório as desnudavam -, eles próprios acusavam ou, os delatores entregavam alguma. Se a acusação recaisse sobre uma ruiva, não havia escapatória. Para a Santa Inquisição as ruivas eram amantes do diabo e bruxas perigosas.

Assisti uma peça excelente com a Regina Duarte, "O SANTO INQUÉRITO" em que ela iria ser queimada por recusar relações com um bispo, que por despeito a levou ao Santo Inquérito que presidiria, e exigiu que a desnudassem, durante o interrogatório usou a acusação de bruxaria. Este item nunca era negado pelo papa, e satisfazia o sadismo dos devassos.  

E quanto aos instrumentos de tortura - no  citado exemplo do Monte de Saint Michel, no filme "O PONTO DE MUTAÇÃO, são impressionantes ! O filme não mostra seu funcionamento e os nomes detalhados, mas incita a pesquisarmos, sendo o que fiz.

Cavalo de Madeira, Pônei ou Burro Espanhol
Cavalo de Madeira, Pônei ou Burro Espanhol

Variação de dispositivos de tortura que já eram utilizados no Império Romano e que, por meio de “melhorias”, passou a ser empregado com maior intensidade durante a Idade Média pela Igreja Católica Romana, chegando a ser um dos instrumentos prediletos dos inquisidores da Igreja em toda a Europa, aplicado aos acusados de heresia e bruxaria; ( V. Torquemada) Sua estrutura básica era formada por um segmento de tronco serrado de maneira dura cuja extensão tomava forma triangular (variavam as formas triangulares: isósceles; equiláteros) sempre com o ângulo mais agudo para cima. Era utilizado principalmente para torturar mulheres, dada a conformação genital feminina. Colocavam-nas sentadas, braços amarrados para trás sobre o aparelho e usualmente recebiam pesos nos tornozelos para propiciar dores e sangramentos ainda maiores e não haver possibilidade de movimentos, dado o equilíbrio dos pesos iguais.
 
 O "sarcófago" de espetos; onde eram encerradas as vítimas e fechados, para morrerem lentamente por hemorragia, visto que posicionavam os espetos em locais não vitais, para a morte ser lenta; a roda de desmembramento; o cavalo (ou pônei) de madeira triangular  (Foto-ilustração acima) para uso em mulheres principalmente , eram as vítimas colocadas manietadas "à cavalo" no ângulo agudo do triângulo isósceles ou equilátero, com o orgão genital sendo cortado e aberto pelo peso da pessoa; a pirâmide da vigília -, uma pirâmide pontiaguda sobre quatro pernas feitas de madeira dura, onde amarrados e endurados no alto, faziam a vítima descer lentamente fazendo-o sentar-se na ponta da piramide; a vítima gritava horas, dias até, pois seu próprio peso os ia abrindo pelo ânus, de forma controlada pela Inquisição, para que não morressem logo, antes de ao menos, delatar outros. 

As mulheres neste suplício, era um deleite para os inquisidores; havia o terrível e de incomensurável crueldade, chuço de empalamento - em forma de um cone afilado de uns três a quatro metros de comprimento -  era introduzido pelo ânus [ a vítima era pendurada para descer em cima, vagarosamente], até o espeto sair pela garganta; a grelha para as brasas abaixo da roda; o rolete cheio de espetos finos para descarnar  as vítimas girando o rolete gradativamente e escarnado aos poucos;  ainda outro rolete estripador, que arrancava por uma incisão no abdómem da vítima, seu intestino preso a um gancho na ponta de uma tira de couro, que o arrancava devagar enrolando-o no aparelho movido por uma manivela. Tenazes para arrrancar dentes ou unhas, os alicates e as garras de ferro para descarnar em vida os hereges. O esmagador de seios - usados nas mulheres.
A cama de roldanas, para deslocamento das juntas do corpo - a vítima era esticada cerca de trinta a quarenta centímetros a mais.

 
                        

                   A "Cadeira da Santa Inquisição ou de espinhos"
Neste apreciadíssimo instrumento - como o nome já diz - o inquirido era preso por correias e presilhas de ferro, nos pulsos
e tornozelos - o assento da cadeira era feito de espetos de ferro ocos. Embaixo dessa cadeira [de madeira ou de ferro] eram acendidas brasas e bem atiçadas pelo carrasco membro da Inquisição.

Às vezes o clérigo - sempre de hierarquia eclesiástica elevada - que presidia o Santo Ofício, preferia uma cadeira mais alta para poder colocar pesos amarrados aos tornozelos da vítima, para os espinhos de ferro penetrarem mais fundo na carne. Este instrumento era por isso muito apreciado pelos clérigos inquisidores; que ainda dispunham da comodidade de não ter que se deslocar até a sala de torturas. A "Cadeira da Santa Inquisição era trazida até o local onde oficialmente era um bispo a presidir  a Santa Inquisição.

A pessoa supliciada, milhares de vezes era inocente de toda acusação [Vide caso Joanna D'Arc] queimada viva na "fogueira purificadora".

Quando o presumido herege morria na tortura, - sempre ocorria isso - e os inquiridores estivessem enganados, os inocentes eram abençoados e perdoados pelos altos clérigos e o papa -  por terem já passado pelos "fogo santo e purificador".

Se houvesse muita pressão política, de poder ou econômica e o caso fosse prejudicial à Igreja, eram canonizados e santificados [Joanna D'Arc o fato mais conhecido], e não há o que negar o ocorrido no caso dela. Passados quinhentos anos após ser queimada viva - dado o aumento da pressão e afluxo de fiéis que se diziam beneficiados com milagres dela - interessou a Igreja canonizar Joanna do Arco. "Dois coelhos mortos com uma cajadada só." 

 
AS APOLOGIAS DE HISTORIADORES SACROS

Os cavaleiros católicos (AFIRMAM) que 
na batalha de Hastings, entravam em combate cantando  A CANÇÃO DE ROLANDO.  E que nela encontravam os rasgos essenciais do espírito dos cruzados.*

A versão escrita mais antiga da Chanson de Roland foi encontrada em Oxford, Inglaterra. Está transcrita em dialeto normando e data do século XI.
Abaixo uma versão francesa:

 

ROLAND CHEVAUCHE PAR LE CHAMP DE BATAILLE
ROLANDO CAVALGA PELO CAMPO DE BATALHA


Roland chevauche par le champ de bataille,
Roland cavalga pelo campo de batalha,

Il tient Durendal qui bien tranche et bien taille,
Levando Durendal, que bem corta e bem talha,

Des Sarraisins, il fait moult grand dommage,
Nos sarracenos, ele faz um grande estrago,

Vous l’auriez vu jeter mort l’un sur l’altre,
Se vós tivésseis visto, lancar morto um sobre o outro,

Leur sang tout clair glisser sur cette place,
Seu sangue jorrar abertamente neste lugar,

Couvert de sang le haubert et ses membres,
Com o elmo e seus membros cobertos de sangue,

Et du cheval, col et les épales,
E no cavalo, do pescoço aos ombros,

Et Olivier de férir ne retarde,
E Olivier não tarda para ferir,

Les douze pairs non doivent avoir blâme,
Os doze pares não merecem repreensão,

Et les Français se lancent et se frappent,
E os franceses lançam-se e se chocam,

Meurent païens ! Et bien d’autres se pâment.
Morrem os pagãos ! E muitos desfalecem !
 
NO EXEMPLO ACIMA, O CULTIVO DESSAS EPOPEIAS SÃO VANGLÓRIAS EXAGERADAS E DESLOCADAS DA REALIDADE, PREPARADAS PARA COOPETAR OS FIÉIS;
COMO SÃO CITADAS PELOS DIREITISTAS CANÔNICOS QUE OS CASTELOS, ERAM SÍMBOLO DA PATERNIDADE E PROTEÇÃO, DOS SENHORES PARA COM OS CAMPONESES [NÃO É ISTO QUE A HISTÓRIA GERAL CONTA] DA MESMA FORMA AS CATEDRAIS: OBRAS DIVINAS, EM QUE OS QUE MORRIAM ESVAIDOS EM "SEU SAGRADO LABOR" EM CONSTRUÍ-LA, ERA TÃO SANTO QUE QUANDO MORRIAM (NÃO DIZEM DE FOME E ESCRAVIDÃO) SAIA-LHES UM LÍRIO, NASCIDO EM SUAS BOCAS (HISTÓRIA MAIS CONHECIDA DA CONSTRUÇÃO DA CATEDRAL DE SAINT RÉMY (REMÍGIO) NA FRANÇA.

A HISTÓRIA SEMPRE FOI IMPOSTA DE CIMA PARA BAIXO COM FOROS DE OFICIALIDADE INCONTESTÁVEL.
A HISTÓRIA... NÃO É CERTO QUE VEM DO PASSADO PARA O PRESENTE, E QUE LOGO SERÁ FUTURO? E DAS TREVAS PARA A LUZ? DA TIRANIA PARA PARA A ABOLIÇÃO DOS GRILHÕES?
COMO FOI A QUEDA DA BASTILHA!... 

É UMA SUBVERSÃO DA LÓGICA E UM  DESMÉRITO PARA COM A INTELIGÊNCIA DA GERAÇÃO DOS DOIS ÚLTIMOS SÉCULOS [ANTERIORES AO ATUAL] ATÉ HOJE, AO SE TENTAR IMPOR: QUE UM PASSADO SEM MEIOS CIENTÍFICOS, SEM MEDICINA GERAL, SEM INFORMAÇÃO, SEM AUTÓPSIAS, SEM PROVAS DE CARBONO 14, SEM EXAMES DE DNA, GENETICISTA OU DE PROVAS DIRETAS DE PATERNIDADE ... POSSA CONTER INCONTESTABILIDADE. E, EM CERTOS BLOGS, SANTIFICAR-SE AS DEMONÍACAS  TORTURAS INQUISITORIAIS. OS INSTRUMENTOS NAS MASMORRAS DAS MEDIEVAS CATEDRAIS ESTÃO LÁ. E AINDA FUNCIONAM SE PRECISAREM.

 
A Reforma 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 
 
As 95 Teses de Lutero,
"Disputatio pro declaratione virtutis indulgentiarum", 1522

A Reforma foi um movimento reformista cristão culminado no início do século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517  na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja CatólicaRomana, propondo uma reforma no catolicismo romano. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco Solas
Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha estendendo-se pela Suiça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste Europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica foi o movimento conhecido como Contra Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.
O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo e o início de massacres e perseguições por parte da Igreja Católica Romana como por exemplo o Massacre da Noite de São Bartolomeu.


AO FINAL VAMOS CONSTATAR COMO FORAM ACLAMADOS OS "SANTOS CRUZADOS", QUE FORAM OS ANTECESSORES DOS TEMPLÁRIOS E COMO ESTES, APÓS SERVIR AO PAPADO NA IDADE MÉDIA FORAM "TRATADOS E  CELEBRADOS":
 
A Morte de Jacques Demolay
Fonte: blog deldebbio
“Nekan, Adonai! Chol-begoal!”  Em hebraico, Jacques DeMolay, 23º e último Grão-Mestre da Ordem dos "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", começou sua exortação final, ao ser queimado na fogueira junto ao seu fiel Preceptor, Guy d’Auvergnie.
O processo contra os Templários durou sete anos. Em 13 de outubro de 1307, Jacques DeMolay tinha 63 anos. O Rei da França, Filipe IV, o Belo, em ação coordenada pelo seu conselheiro e executor, Guilherme de Nogaret, contra os Templários, estes foram presos na madrugada do dia 12 para o dia 13; todas as posses dos monges cavaleiros foram confiscadas, os membros da Ordem encontrados foram às masmorras.
Com aprovação tácita do Papa Clemente V, - antigo Arcebispo de Bordeaux - foi a Sumo Pontífice com a ajuda de Filipe - o Belo, em 1305. O papado estava mal; com dois Papas anteriores mortos por assassinato, e Clemente V, sem forças políticas contra seu rival no poder, o "Rei de Ferro", cognome do Rei da França.
Presos os Templários, e Filipe manietado
 às regras eclesiásticas e à Inquisição. Pela Bula Papal "Omne Datum Optimum", emitida por Inocêncio III, em 1139, os Cavaleiros do Templo só obedeceriam ao Papa e a Santa Sé a julgá-los.

Tiveram início as provações de sete anos de horríveis torturas e interrogatórios com sentenças falseadas.
Cinco anos de transcurso o processo, para Clemente V, reunido com quatro Cardeais, decidirem que a acusação principal de heresia não havia sido provada e, redigiu o famoso Pergaminho de Chinon, que inocentava os Cavaleiros Templários.
Filipe, o Belo, sendo informado enviou o seu Acusador Principal do Reino da França Guilherme de Nogaret,  com um pergaminho de conteúdo exatamente oposto. Ameaçava a Clemente V de perda da tiara papal... Este forneceu  tempo para que Filipe colocasse seus planos em prática.

Jacques DeMolay e três de seus Preceptores foram presos em Paris, e amarrados sendo conduzidos à Praça Parvis,  à fachada ocidental da Catedral de Notre Dame. Aos quatro foi oferecida a chance de confirmarem sua culpa e arrependimento no processo –e a pena de morte seria comutada para prisão perpétua.
 
Jacques DeMolay  indicou a tortura inclemente que sofrera durante os sete anos por isso sua anterior admissão de culpa. Naquele momento, renegava tudo o que dissera, por ter perdido o raciocínio pela intensidade da dor. Preferia morrer a mentir  junto aos seus.

DeMolay foi imitado por Guy d’Auvergnie, que lembrou  a corrupção levada a efeito pelos membros da Inquisição e as autoridades clericais; apontando a ficção e injustiça das acusações nos processos.

Guilherme de Nogaret tomou  a palavra e declarou a decisão de queimar, ao fim da tarde,  Jacques DeMolay  e Guy d’Auvergnie na Ilha dos Judeus – hoje,  "Ilha dos Templários", no Rio Sena.
A tranquilidade  passiva dos Templários causou contraste com a execução. O padre convocado para confessá-los recebeu como resposta do monge templário: “Guarde suas orações para o Rei”.


Às margens do Rio Sena, um palanque foi armado para a família real, assim como às grandes autoridades do Reino da França assistirem quando o fogo fosse ateado à pira de execução e pudessem apreciar os gritos de clemência e dor, das tochas humanas.

Jacques DeMolay - Monge e Grão Mestre da Ordem dos Templários, estendeu seu braço em direção ao palanque e pronunciou sua prédica –
Nekan, Adonai! Chol-begoal!”; palavras hebraicas que significam - “Vingança, Senhor! Abominação a todos!” Em seguida, o Grão-Mestre concitou com a prédica, seus três algozes: Papa Clemente V, Rei Filipe - o Belo, e Cavaleiro Guilherme de Nogaret, "a comparecem diante do Tribunal dos Céus dentro de um ano para serem julgados". Por fim,  - amaldiçoou a dinastia de Filipe por 13 gerações.

As chamas, então, consumiram seu corpo, mas nenhum grito de dor do Grão-Mestre dos Templários foi escutado. O choque  - das suas palavras - era visível no rosto das autoridades presentes, e dos amaldiçoados.

As teorias divergem sobre a maldição; tinha natureza mística ou terrena; ou seja: era um pedido aos Céus e às Forças Superiores? Fosse o que fosse, em todo caso, os fatos que foram registrados corroboraram sua eficácia...


O Papa Clemente V foi o primeiro - morto supostamente por causa de uma úlcera gastrointestinal pouco mais de um mês após a execução do Monge Cavaleiro DeMolay. Sete meses mais tarde, era Guilherme de Nogaret o esbirro de Felipe IV que passa mal durante um Conselho Real e morre, por ter sido envenenado. 

Uma história famosa relata que o veneno utilizado era sulfucianeto de mercúrio, conhecido como “Serpente do Faraó”, letal quando inalado. Esse composto teria sido misturado com as cinzas da língua de um condenado à morte, elementos de uma forma muito específica de magia. Ambos teriam sido combinados ao pavio de uma vela que, ao queimar, envenenou Nogaret.


O último a morrer foi o  Rei Filipe, o Belo. Durante uma caçada, o Rei de Ferro, assim chamado por não demonstrar emoções jamais, teve um mal súbito e caiu de sua montaria. Levado para uma das residências reais, Filipe agonizou durante muitos dias, murmurando em seu tormento o nome de DeMolay e da Ordem dos Templários.

Ao morrer, foi sucedido por seu filho mais velho, Luís X - "O Teimoso", que não governaria por mais de dois anos. Seus dois outros filhos, Filipe V - "O Alto"; e Carlos IV - "O Belo"; tornaram-se reis da França, mas antes que catorze anos se passassem, estavam todos mortos.

Sempre fui e continuo sendo um bom aluno de História, por ser uma ciência fundamental na formação da pessoa humana. Quem não conhece ou não quer saber História, não é capaz de se posicionar no mundo. - Não é capaz de contar sua própria História.
Mas para continuar sendo um bom aluno de História, o livro: a fonte, o sítio quando necessitarmos de apoio na pesquisa, deve revelar algo mais sobre a verdade dos fatos que ocorreram e que já são de nós conhecidos. A pesquisa deve recair de inicio, sobre a própria fonte de onde formos beber. Quem escreveu tais textos o que faz, qual sua ligação com a instituição ou pessoas de que se fala, qual sua ideologia, doutrina e dogmática? Estamos sentindo um  rastilho de tergiversação, sofismas e imbroglio?  Especialmente quando todas as provas saltam aos nossos olhos (caso dos instrumentos de tortura da 'Santa' Inquisição, que corroboram com a História da Idade Média


[Conferir no youtube Revelações e documentário feito por doutores em Ciência da História , um Neuroanatomista, uma doutora em Neurofisiologia e um Engenheiro mecânico especializado em máquinas e engenhos medievais]

Cada um dentro de sua especialidade falaram sobre a mecânica dos instrumentos de tortura até os efeitos causados na neuroanatomia, e gráu de resistência humana e os efeitos emocionais e transtornos físico-psíquico das vítimas.

A ação do aparelho que deixava a vítima da Santa Inquisição suspensa na ponta de um galho grosso de árvore, para ser assado lentamente - como carne num espeto - e cronometraram o tempo que levava para os graus de queimaduras até o ponto de ignição do corpo, iniciado pelo derretimento da gordura. 

Usaram para isso bonecos protótipos dos diversos fenótipos humanos, tanto feminino quanto masculino. Tais protótipos, incorporavam o mais perfeitamente possível a resistência e a verossimilhança da anatomia humana.

Impressionante quando experimentaram a serra, que era usada para serrar a pessoa ao meio, pendurada pelos pés. Dois carrascos, um em cada cabo da serra. Iniciavam a serrar como um objeto, pelo "V" formado pela abertura das pernas. 

A dúvida consistiu apenas no tipo de dentes da serra usada, uma vez que deveriam serrar até a altura das costelas e a serra encontrada em algumas câmaras de tortura, tinham os dentes muito grandes e espaçados, não tendo funcionado muito bem no protótipo humano, na visão da doutora neurofisiologista e do doutor neuroanatomista. Mas inúmeras iluminuras e pinturas avulsas atestam que a serra foi usada de uma forma ou de outra, porque aliás, o que importava era o sofrimento da vítima. O corpo balançaria demais talvez, dificultando a ação dos executores, mas isso era o de menos, desde que houvesse dor e sofrimento.

A História nada fala, mas imagino o que sentiram os familiares do suposto herege, ou filha acusada de leviandade ou bruxaria. Em quase todas as Santas Inquisições eles eram obrigados a assistir a "purificação"( na fogueira e demais atos com fogo) de seus filhos, maridos e esposas.Todo esse horror diante de crianças da família da vítima.

Outro instrumento impressionante e de puro horrror era o estripador mecânico. Este tinha um rolete com manivela munido de um fio de liame de ferro com um gancho na ponta. O executor inquisitorial fazia um corte de quinze a vinte centímetros abaixo do estômago de seu herege e fisgavam uma viscera com o gancho. Em seguida iniciavam lentamente a girar a manivela, sob as petições de abjuração por parte do clérigo presidente da Inquisição.

Como a maioria dos acusados de heresia, bruxaria ou ataques às igrejas, desconheciam as acusações, locais, pessoas, nomes de elementos minerais que compunham poções, etc, acabavam assistindo em vida a retirada de seu intestino que ficava enrolado no rolete acima dos olhos da vítima da Santa Inquisição.
Os doutores usaram para isso, uma grande metragem de linguiça, equivalente ao nosso intestino, acomodado na barriga de um protótipo humano. 

O que não é aceitável é ler certos textos, ver certos blogs, onde o autor (teológicamente de extrema diteita) sustentar a divindade, a sublimidade, a santidade da Idade Média, empanando as evidências, como se todos fossemos parados de espírito, incapazes de discernimento. 

A maioria desses horrores durante a Santa Inquisição, Santo Ofício ou Santo Inquérito, evidentemente sob o comando de Roma, transcorreu na Europa Ocidental, mais particularmente na Inglaterra, Alemanha, França (quase a maioria, juntamente com a Espanha) e Portugal, que chegaram os clérigos portugueses fazer respingar alguns casos no Brasil.

Quanto a China, os chineses desenvolveram certos instrumentos de tortura mais eficientes até que os usados na Idade Média - mas por outras razões não religiosas em nome de Deus e de Jesus Cristo -  eram mais diretamente ligadas aos inimigos presioneiros resultantes de guerras.

Aos escritores e bloguistas que santificam os senhores feudais,  reis  sanguinários, celerados ou omissos em conluio com a Igreja Medieval, que conhecedores das masmorras, catacumbas, porões e salas de torturas,locais onde se encontram todas as provas, de visitação pública, tenham o mínimo senso de não tentar camuflar a dura e cruel verdade.

Sabemos que a verdade dói mas procurar escondê-la "pintando um elefante de branco", pensando que assim ele desaparece no terreno é no mínimo ridículo. Divulguem suas fotos de catedrais e castelos só com legendas (menos os textos com enaltecidas prosápias dissertativas - as imagens são bonitas por si só), sem tentativas factuais eivadas de mistificações; não usem de sofismas e imbróglios. Existe muita gente que sabe ler e escrever bem, e sobretudo possuem a capacidade e o senso lógico para exercer o discernimento. 

 



 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 06/10/2014
Reeditado em 12/10/2014
Código do texto: T4988720
Classificação de conteúdo: seguro
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