MAL SE FOI A COPA E JÁ VÊM AS ELEIÇÕES! E AGORA BRASIL?

Durante um mês o mundo estava de olhos voltados para o Brasil. Potências mundiais, países menos conhecidos, todos nos espionavam num único objetivo: futebolístico. Nunca fomos tão observados como entre os dias 12 de junho e 13 de julho, quando imperava a alegria de uma nação educada, hospitaleira, exemplar, sem fome, sem violência, sem tragédias, sem problemas. Fomos, nesses dias, a terra do nirvana, o paraíso. Durante o mês do empíreo não houve doenças, mortes, desgosto, fome, tampouco desavenças. Porém, como já foi consagrado que o que é bom, pouco dura, tudo acabou.

Ah, mas agora vêm as eleições! Pena que é justamente durante o período eleitoral que candidatos deixam aflorar os problemas sociais, não com o propósito de mostrar para a sociedade que o Brasil precisa mudar, ora, isso a sociedade já sabe há muito. A intenção é nocautear os adversários, se passar pelo salvador da Pátria e, muitos depois de eleitos, enganar o povo.

Eleição também é disputa, mas não é Copa. Agora é cada um por si e Deus por todos. Detalhe: O mundo já não está de olhos em nós. Estamos sozinhos e o papel de espionar os mal-intencionados é somente nosso, de cada um de nós. Temos que ficarmos espertos com as armadilhas que estão por vir. Para ganhar votos e sair na frente muitos vão jogar sujos, como sempre fazem. Da Copa, por exemplo, vão dizer que os gastos não valeram a pena, pois o Brasil não foi hexacampeão, entretanto, caso fosse diria que o Brasil havia comprado o Mundial, como já disseram antes de a nossa seleção perder feio para a Alemanha. Bem, isso é o de menos, pois coisas mais absurdas vão ser ditas sobre tudo e contra todos.

Assim como os gastos excessivos a favor da Copa e contra os brasileiros, qualquer semelhança não será mera coincidência, eleição também exige muitos gastos e pelo que se saiba o povo não sai e nem entra ganhando nada com isso.

Para que se tenha uma ideia dos gastos eleitorais, segundo informações da Agência Brasil, os 11 candidatos que pretendem concorrer ao cargo de presidente do Brasil neste ano informaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a intenção de gastarem juntos quase um bilhão de reais, exatos R$ 916,7 milhões no decorrer das campanhas eleitorais. Ainda de acordo com as informações entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidata à reeleição, Dilma Rousseff, do Partido dos trabalhadores (PT), declarou que pretende gastar R$ 298 milhões em sua campanha. Oito milhões a mais que Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que tem pretensões de gastar R$ 290 milhões.

Diante disso, a impressão que se tem é que o Brasil realmente é um país rico que esbanja capital. O Brasil realmente é um país rico, porém muito desigual. Um bilhão gasto em campanhas eleitorais chega a ser uma merreca se equiparado aos valores que são movimentados pela corrupção político-brasileira.

Em nosso próximo artigo continuaremos aborbdando este mesmo tema, voltado para o Estado de Goiás. Até lá!

Gilson Vasco
Enviado por Gilson Vasco em 12/09/2014
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