BEIJO GAY NA PROPAGANDA ELEITORAL?

Assisto ao horário político na ilusão de me inteirar das propostas dos candidatos. Embora as falsas promessas existam, algumas ideias me animam e certos temas me atraem. Sem contar que também me divirto um bocado.

Pouca coisa me surpreende na política. Infelizmente ela se faz de coisas inacreditáveis, muitas vezes absurdas. Mas, beijo gay, como forma de ganhar votos, por essa eu não esperava! Foi muito além do que eu jamais poderia imaginar.

Certo candidato a governador se assume gay. Certo. Mas eu me pergunto: que força tem isso numa campanha eleitoral? Pelo menos para mim, sua declaração não me influenciou em nada, a não ser na rejeição, que aumentou, não com relação à sua sexualidade, mas pela atitude e pelos métodos escolhidos para se promover.

Não se trata de ser gay, heterossexual, evangélico, pastor, cantor, palhaço ou qualquer outro que se possa incluir no rol, o que me preocupa é a proposta de governo de cada um. Não discuto política (não tenho conhecimento suficiente, nem paciência para tratar do assunto com os mais desinformados do que eu), mas abominei a campanha do candidato. É demais pra mim.

Não me interessa o que cada um faz da sua vida, ou a forma que encontra para ser feliz, mas reivindicar aceitação não pode ferir uma coisa chamada respeito. Se eu me incomodei com o beijo do Félix e do Carneirinho na novela, “uma obra de ficção...”, imagina agora esses casais reais, homem com homem e mulher com mulher, se beijando, e eu sendo perguntada pelas minhas filhas sobre questões para as quais eu não tenho respostas.

E o cara diz ser “impressionante como o amor tem causado mais choque do que a guerra, do que a violência e a desigualdade”. Não é o amor que choca, meu caro, veja bem, é a coisa de forçar a barra.

Aos defensores da causa, devo dizer que não sei qual é a melhor saída, mas sei que não é bem assim.

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 02/09/2014
Reeditado em 02/09/2014
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