Jair Bolsonaro anuncia apoio ao Pastor Everaldo

Pastor Everaldo: até agora, dizendo as coisas certas e, sem temer a patrulha politicamente conveniente

Amplos setores da imprensa brasileira estão acostumados a tratar religiosos, especialmente evangélicos, como seres primitivos e folclóricos. A Lei 7.716 pune também o preconceito religioso, no mesmo artigo que trata de outras discriminações: de raça, cor e procedência nacional. Mas não é levado muito a sério por ninguém nesse particular.

A afirmação nunca é frontal, mas são muitos os subterfúgios para sugerir que o crente — em especial o cristão, de qualquer denominação — é meio idiota, apatetado ou pilantra.

A menos que se trate de um desses padres da “Escatologia da Libertação”. Se for desafiado por alguém, provo. Não é preciso ir muito longe: tentaram tirar Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos na marra. Não! Eu não concordava com suas teses. Deixei isso claro. E daí? Queriam defenestrá-lo, no entanto, com base em que lei, em que código? Não havia. Era só o cerco politicamente conveniente (que não chamo mais “correto” porque, de correto, nada tem). Afinal, se é para punir alguém de quem não gostam, que mal há em transgredir a lei não é mesmo?

Muito bem! Por que essa introdução? Porque esses mesmos setores estão quebrando a cara com o Pastor Everaldo, candidato do PSC à Presidência da República. É inteligente, articulado, fala coisa com coisa e não tem receio de parecer o que é: um conservador — no melhor sentido, até agora ao menos, que essa palavra possa ter. Conheço, deixo claro, pouco de sua trajetória. Prometo tentar saber mais. Falo sobre o que leio e ouço do credo político que tem externado. Está tudo no lugar. Nos EUA, só para ter uma referência, integraria alguma ala moderada do Partido Republicano. Por aqui, ainda é tratado com certa suspicácia. Sabem como é… O homem é um cristão!!! E isso pode ser muito perigoso, né? Quando veio à luz o escândalo Luiz Moura, o deputado estadual petista que se reuniu com membros do PCC, fui ler as reportagens que haviam saído sobre ele quando apenas candidato. Foi tratado como um exemplo de recuperação! De um cristão, no entanto, convém suspeitar sempre, certo? Se um adepto do consumo de drogas se candidata, isso enriquece a democracia. Se é um pastor, há quem veja nisso grande perigo.

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