A DEUSA EGOCÊNTRICA
- Acima de vocês eu sou o centro do Universo!
Falava Egocêntrica como a única deusa do Olimpo.
- Tenho várias caras para ironizar com lágrimas seus sofrimentos e fingo sorrir com a ira da inveja.
- Sou o fluído que o arqueiro do Céu não atinge com sua fecha.
- Pobres de Júpiter e Vênus! Caíram na armadilha de minha falsidade.
- Destronei Hades, o tão temido deus do inferno!
E assim, prosseguia Egocêntrica mostrando a outra face que se reconhece na maioria dos seres que vivem influídos com suas vestes e mascaras de amigos, companheiros, familiares, etc.
Mas o destino de um “deus-eu” se esquece de que é golpeado por si só.
Um belo dia, Egocêntrica começou a construir seu reino com os restos dos que destruiu. Ao terminar descansou e adormeceu e nunca mais acordou. A insanidade crônica de seu ego a sufocou e seu fim foi ser levada pelo barqueiro Caronte ao lugar do qual nunca deveria ter menosprezado – O Inferno! Ele é indestrutível para aqueles que nunca saíram dele.
Mas seu fim foi diferente que Héracles, Orfeu, Enéas, Dionisio e Psiquê, pois não tinha um óbolo para pagar a travessia e vagou por cem anos pelas águas de seus iguais.