A figura materna vista pelos olhos de um jovem com conceitos ultrapassados

É incrível o poder que as palavras têm.

Ela consegue nos aproximar, ou com uma simples frase, criar um enorme penhasco entre pessoas.

Desde um simples bom dia, para um vizinho, ou um obrigado/de nada, nos aproximam de pessoas que talvez sem essas palavras jamais tivéssemos contato. Uma palavra mal dita consegue em frações de segundos desmoronarem uma relação, uma amizade, ou aquela admiração que você tinha por alguém especial. Não que depois disso você irá cortar relação com a pessoa em questão, mas são essas pequenas coisas que acabam nos afastando.

Quando você começa a se aprofundar na intimidade ou vida de alguém, você pode encontrar algo que não te agradará, como suas convicções, modo de enfrentar o mundo, coisas divergentes que sempre irão existir, pois cada um tem a sua individualidade e seus princípios. Isso eu até acho ótimo para o bem da humanidade. Pense se todos nós fossemos os mesmos protótipos de seres humanos em constante evolução! Seria um caos!

Mas uma coisa que me deixa muito chateada, inconformada, frustrada com a vida, é que em pleno século XXI, existem pessoas que ainda acham que a obrigação da figura materna é, e sempre será cuidar de tudo e de todos, como se a vida dela girasse em torna da família. Claro que nós sabemos que isso quase se aplica, porém, essa mulher também tem a sua individualidade, tem suas necessidades como mulher, como humana, assim como qualquer outra pessoa. Essas mulheres guerreiras, que trabalham fora e dentro casa, e ainda são mães e esposas por tempo integral, são tratadas pelos seus filhos e maridos como verdadeiras empregadas.

Hoje fiquei completamente inconformada, com o relato de um jovem, na verdade foi quase uma confissão de um criminoso, ele em seu discurso dizia que a sua mãe tinha a obrigação de fazer tudo pra ele, pois segundo as palavras dele “Ninguém mandou ela me***”, e ele disse que fala isso na cara dela, como se fosse uma coisa natural de se dizer á sua mãe. Ainda se pronunciando, dizia que ele não arruma seu quarto, e não fazia nada para ajudar em casa, pois essa é obrigação dela. Questionado por sua opinião tão machista e autodestrutiva, em momento algum ele recuou ou voltou atrás do dito, e ainda voltou a repetir se orgulhando do seu “GRANDE FEITO”. À única coisa que ele e seu grande ego, faz da vida é trabalhar, treinar, e só... Sua mãe também trabalha fora, cuida da casa, faz almoço, janta e tudo mais o que uma casa necessita para andar na linha.

Não estou aqui para dizer o que é certo ou o que é errado, mas temos que expressar nossa opinião, ainda mais sobre um assunto que não deveria ser mais um ponto polêmico do mundo atual. Esse conceito citado acima por um jovem está ultrapassado, isso ocorria nos tempos arcaicos e primitivos, quem sabe no tempo de meus bisavôs e tataravós, onde os únicos que dominavam a natureza e a hierarquia eram os homens. Isso não se aplica mais em nossa realidade, infelizmente ainda em partes. Mas todos nós sabemos que isso ainda é um tema discutível e cheio de discordância.

Porém, eu, como mulher, futura mãe de família, e esposa, não posso concordar com esse tipo de pensamento infantil e egoísta de uma pessoa que julga ser capaz de tal ato incabível na nova era.

Vamos evoluir Brasil! Não só em tecnologia, mais principalmente em educação, e conceitos recentes, vamos ensinar para esses jovens que os tempos são outros, e não podemos e nem devemos ficar estagnados em um mundo perdido, pois graças a Deus as coisa evoluíram, em passos de formigas, mas evoluíram.