A CONSCIÊNCIA DEVERIA TER FACEBOOK
O que mais se tem visto nas redes sociais é gente que confunde mural com diário pessoal. Gente que faz check-in por cada rua que passa. Fotógrafos de banheiro e seus looks ordinários. Gente “caridosa” que compartilha fotos com crianças ou animais doentes. E por aí vai.
As pessoas perderam a noção do ridículo e o limite. Creem que sua página na rede social é propriedade adquirida e registrada em cartório, com direitos ilimitados e nenhum dever a cumprir. Estão postando tudo que vem à cabeça, tudo que tem, fazem ou sentem. Um compartilhar de baboseiras e loucuras em tempo real.
Uns contam sua vidinha medíocre nos mínimos passos diários. Outros apelam para o humor negro e perverso. Milhares destilam veneno, outros melodiam fracassos e frustrações. Há os que só riem, os que copiam e colam. Outros tantos que imploram amor ou exploram. O que querem essas criaturas, meu Deus? É carência e vaidade, ou vazio existencial?
E o que dizer do oba-oba insano e perverso? Tresloucados seguem qualquer onda. Só para ilustrar, “Todos somos macacos”. Milhares de compartilhamentos e mínima reflexão. Querem realmente agir com co-responsabilidade social? Por que não respeitam e cuidam do patrimônio público? Por que não se respeitam? Por que postam fotos de pessoas disformes ou deformam imagens e fatos só pelo prazer do “kkkkkk”?
E tudo vai num crescente. Apoiam qualquer coisa e pouco raciocinam. Simplesmente seguem a maioria. Milhões de pessoas sendo dirigidas sabem-se lá por quem, para onde e por que, defendendo ideologias que desconhecem. Modinhas que se instalam e destroem uma sociedade já devastada pela desconstrução dos valores essenciais e humanos.
Chega a ser ridículo tanta irreflexão e inconsequência, porém, é extremamente preocupante. É muita atitude irrefletida e o caos se instalando a passos largos.
E o futuro, sabe-se lá se haverá futuro. Só se a consciência vier a ter perfil no Facebook.