Unidade nacional através da pátria/seleção; Uma nova tendencia
Na constituição dos Estados Nacionais pluri étnicos sempre houve um favorecimento do tempo para que varias etnias associadas a um espaço territorial formassem uma unidade nacional. No entanto este tempo sempre auxiliou uma gama de premissas simbólicas e mesmo apelativas a ancestralidade tribal, infundadas para garantir , tal " unidade nacional ". A questão era que a prática de defesa da nação e dos seus valores " nacionalismo ", sempre teve como tática o fomento do pertencimento das tais etnias desgarradas pelo tempo através do apelo emocional da maternal, " pátria " e do rigoroso, " estado nacional " para uni-los mediante a ideia de um grande projeto de nação .
Atualmente com a decadência e diminuição dos Estados e o crescimento das corporações oligopolizadas como se fossem estados corporativos promotoras de valores e padrões de coerção novos de pertencimento, as pessoas tem como referencial afeto-maternal, A Empresa Privada, A Marca a ser absorvida codificada no cérebro do cliente e no seu coração através da aceitação do gosto. Este fenômeno vem ocorrendo nestes tempos de Copa do Mundo aonde a Seleção /Empresa formada por jogadores/ produto, formam uma nova relação de pertencimento com o povo brasileiro tendo como espaço territorial, os estádios de futebol. Não somente eles mas as áreas privadas aonde as marcas são valorizadas e associadas a determinado produto/jogador, pátria seleção/empresa.
Vendidas como um símbolo de vitória, algo que deu certo neste país apesar das más gestões clubísticas, desorganizações dos calendários e competições e vendas de seus principais astros para a “ meca “ do capitalismo, “ Europa “, a marca seleção contando com atletas que não tem mais significado com o Brasil há muito tempo neste momento delineia oque seria uma nova forma de ligar pessoas a espaços governados por marcas internacionais patrocinadoras de mega-eventos e instituições com grande apelo sensorial( seleção ) .
Não obstante, é fácil de verificar este fenômeno em uma sociedade desmobilizada politicamente e despolitizada no sentido mais amplo do termo ( luta pela vida ). Nesta época de copa as demonstrações de civismo, amor a pátria e ao hino nacional, sentimentos de grandeza e pertencimento a um grande projeto e ao próximo também, vem todas em torno do escrete canarinho mesmo que após ela ganhe ou perdendo tudo volte ao desamor e desmobilização de sempre. Se um time de futebol mobiliza tanta gente em torno do projeto de engordar as contas das empresas que a patrocina assim como este evento. O que dirá em um futuro aonde os territórios sejam um aglomerado de corporações e instituições eco organizadas e unidas em torno do Deus Mercado ?