Cultura do medo; Precisamos mudar esta crença

O medo é uma energia natural a todo ser humano. Podemos e devemos nos libertar desta energia que advém de experiencias passadas ou produto da cultura e das crenças as quais fomos condicionados. Aí esta o ponto em questão deste artigo pois existem movimentos no Brasil que estão levando as pessoas a tomarem atitudes extremamente violentas, fascistas e conservadoras acima de tudo devido ao medo do outro.

Na Virada Cultural em, SP grande parte da mídia impressa e eletrônica voltou suas baterias a resumir o evento na região central de SP a um emaranhado de assaltos a relógios, celulares assim como pessoas apavoradas com o local, desavisadas de última hora como se lá não houvesse vida criativa e entretenimento decente.

Outro movimento que mexeu com as estruturas em nosso país foi o linchamento que um bilheteiro sofreu por jovens homofóbicos no filme, "Praia do Futuro" em Recife cobrando do trabalhador satisfações pela peça audiovisual tocar no tema da homossexualidade. Só para ficar por ai.

É clara a influencia do sistema que para gerar competição entre as pessoas para que essas busquem a defesa da propriedade privada, sataniza os mais humildes imputando-lhes características nocivas a determinado funcionamento social de perfeição. Mesmo que não seja este o clima das ruas e das pessoas que estão buscando com cada vez mais coragem (e não medo ) tomar os espaços públicos para junto com o "outro" e não contra narrar uma nova forma de lutar pelo Brasil, programas de TVs insistem no medo e paranoia coletiva, investimento no banditismo como se este fenômeno não fosse a consequência de anos de despolitização e descaso com nossa população e criminalização de manifestantes como se todos fossem vândalos.

Além do chamamento ao reino dos produtos, o capital necessita destes seres esvaziados de vida, um comprometimento com a violência e novos valores artificiais neste processo altamente condicionante da crença no individualismo e no passar por cima do outro para ser o melhor e assim eugenizar aos poucos as grandes e pequenas cidades.Única forma do sistema se reproduzir sem custos populacionais.

Michael Foucault em seu, "vigiar e punir" fala sobre as relações de poder em uma sociedade. Elas não tem hora e nem momento para acontecer, começam com indivíduos e como tentáculos vão influenciando e prendendo todos, instituições até voltarem ao próprio indivíduo. só que o pobre e marginalizado, limando-o do convívio democrático. A terrível aranha é o próprio capitalismo que cria o medo e se alimenta dele para continuar existindo.

Porém, se acabamos sendo condicionados por processos culturais, processos estes que manipulam o próprio tempo, estabelecendo padrões temporais muitas vezes diferentes dos nossos padrões psíquicos e biológicos. No entanto está em nós mesmos as chaves para vencermos estas manipulações condicionantes da cultura capitalista, invertendo o processo de pensar, expandindo-nos á novas crenças e tratarmos o próximo com respeito e sensibilidade neste teatro da vida aonde todos os seres são atores reais.

amanhecer poetico
Enviado por amanhecer poetico em 24/05/2014
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