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Sinceramente, eu acho prepotente tudo o que leio em que o autor fala em nome de todos. Cada ser é único e, apesar das similaridades, querendo ou não, concordando, ou não, somos todos diferentes.
Fomos, à princípio, os ouvintes, comparados ao lixo. Em outras palavras somos o lixo humano e devemos, por sugestão, fazer uma limpeza interna e jogá-lo fora. E onde o jogaríamos? Onde depositaríamos o nosso lixo? Claro que você se serviu de metáforas, comparando os sentimentos menores ao lixo. Entendo que você quis dizer, na verdade, é que se deve valorizar os bons e descartar os maus sentimentos.
Todos somos feitos de sentimentos e emoções e estes são, muitas vezes, antagônicos. São esses sentimentos misturados que vão juntos sendo selecionados por cada indivíduo. Somente conhecendo o mal podemos diferenciá-lo do bem. O existencialismo é subjetivo. E cada ser tem sua compreensão do que é viver e, principalmente, do que é sentir. O que causa tristezas à alguns poderá causar alegrias à outros, dada a complexidade do ser.
Lidar com os próprios sentimentos é uma tarefa muito, apesar de estimulante, difícil, porque além dos nossos sentimentos, há sempre sentimentos de terceiros envolvidos em nossas reações sobre tudo o que vivemos.
Como diz o filosofo Frederick Nietzsche: "Não existem verdades absolutas".
Cada ser é um Universo a ser explorado por si mesmo e, também, pelo outro. E isto é maravilhoso. Na realidade todos buscam o sentido de sua própria identidade!
A mediocridade, de valores coletivos, atrapalha bastante esse desenvolvimento individual. Vive-se num mundo em que os padrões estipulados são sempre os mais fortes. Daí a grande dificuldade de cada um, buscar e descobrir as suas próprias "certezas".
Pessoalmente, a única certeza que tenho é a de que neste exato instante, eu respiro, e faço uso das minhas perfeitas faculdades mentais. E isto, não é pouca coisa, não. É uma certeza satisfatória.
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Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 18/05/2014
Reeditado em 10/08/2014
Código do texto: T4810643
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