Ninguém pense que o preconceito e o racismo vai desaparecer de uma hora para outra com esse gesto inteligente do jogador brasileiro, Daniel Alves, de comer a banana que lhe foi jogada. A simbologia pode ser traduzida como "engula seu preconceito". São anos de cultura do racismo, é fato. O que não pode e não devemos permitir é que pessoas extravasem sua ignorância em cima daqueles que, como no caso do jogador, está no seu ofício de trabalho, levando emoções para uma platéia, ou mesmo em qualquer outra situação. A falta de respeito ao próximo é consequência da falta de educação, e o racismo está cada vez mais acirrado nos estádios, apesar de estarmos no século vinte e um. Há pouco vimos a declaração racista do dono do time de basquete Los Angeles Clippers, Donald Sterling, proibindo sua namorada, que é negra, de tirar fotos com negros. A punição contra esses indivíduos, que se julgam superiores e no direito de discriminar os negros, deve ser severa. O pior é constatar que mesmo no Brasil, onde mais da metade da população é negra, ainda existe esse tipo de preconceito, apesar de velado. Não só contra os negros mas também contra os nordestinos. Muita gente que está pousando com uma banana na mão pode ser um desses. Ninguém é obrigado a gostar de A,B ou C, mas respeitar o outro é um dever de cidadão civilizado. A frase "somos todos macacos' ensina, não que somos macacos literalmente, mas que somos iguais perante a sociedade.